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domingo, 28 de fevereiro de 2016

A educação na União Soviética


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O Começo e o desenvolvimento da educação na União Soviética

Após a revolução de outubro, a então Russia, e posteriormente a principal integrante da União Soviética, passou por profundas transformações estruturais não só no que tange a economia, mas todo o seu processo de organização social e suas inter-relações. A educação, claro, foi um setor que evoluiu drasticamente, não só quantitativamente, no aumento do numero de escolas, creches e universidades, além dos complexos culturais que antes não existiam, mas qualitativamente nos projetos pedagógicos, científicos e intelectuais de um modo geral.

Era um objetivo muito importante para a União Soviética, proporcionar um sistema educacional de alta qualidade, amplo e público para toda a população. Para se ter uma dimensão do problema que os revolucionários russos tinham no pós revolução,segundo estatísticas militares da época, em 1917, existia  uma taxa de analfabetismo de 30% nas cidades e 65% nas áreas rurais. Lenin cita que era de 73% o analfabetismo entre a população adulta da Russía, sendo que as zonas não russas eram as mais atingidas pelo analfabetismo, além do país se encontrar num estágio ainda feudal. 80% da população russa da época era composta por camponeses e apenas uma pequena parcela era composta por nobres e privilegiados proprietários de terra. A grande massa era ignorante e analfabeta[1].

Diante de tal cenário, enfrentando grandes dificuldades durante e pós guerra civil, onde diversos páises invadiram seu território[2], os soviéticos sabiam que a única forma de ter sua independência nacional,intelectual,cultural e produtiva não só a curto prazo, mas por longos anos, era fazendo um plano de pesados investimentos na educação e, em toda sua estrutura.

Um dos primeiros passos dados pelos revolucionários russos nesse sentido, foi a criação em 1917(novembro), do Narkompros, o comissariado popular de educação, que nacionaliza todas as instituições educacionais, e decreta a separação da igreja e escola(Assim como o Estado Soviético, a escola torna-se laica),[3].Unificam o sistema escolar, pois antes da revolução as classes não estavam separadas por idade e as crianças aprendiam de forma muito genérica, justamente por não existir uma separação por idade e séries adequadas.

Vamos conferir alguns dados que demonstram essa situação, desde um pouco antes da revolução até 1928, para que se tenha uma melhor compreensão da realidade histórica.

No outono de 1928, 11,372,507 crianças estavam na escola soviética(excluindo os jardins de infância), 46% mais que no momento do ''estouro'' da primeira grande guerra mundial. Havia 118,184 escolas, em comparação com 106,400 em 1913. O numero de professores era de 337,435. De cada 100 crianças em idade escolas, 70 frequentavam a escola. A porcentagem nas cidades foi de 98,4 e 66,3 na população, sendo que essa porcentagem está em constante aumento, especialmente em distrito rurais

O aumento contante das instalações educativas se mostra na seguinte tabela[3]:

Educación elementalEducación Secundaria
EscuelasAlumnosEscuelasAlumnos
1914-1915104.6107,235,98811790563.480
1920-1921114.2359,211,3514,163564.613
1921-1922993967,918,7513.137520.253
1922-1923875596,808,1572.478586.306
1923-1924872587,075,8102.358752.726
1924-1925910868,429,4901.794710.431
1925-1926101.1939,487,1101,640706804
1926-1927108.4249,903,4391.708784.871

Mais um dado deve ser colocado, antes da primeira guerra mundial, praticamente não existia jardins de infância na Russía, após a revolução isso vai mudando de forma rápida, mesmo que num primeiro momento o país esteja focando mais recursos na erradicação do analfabetismo, o quadro vai evoluindo de maneira satisfatória e constante, tabela:

EscuelasAlumnos
19251.13960196
19261.36472406
19271.62985349

Citando também o ensino superior, ele segue em expansão na mesma velocidade da escola primária, e com uma detalhe importante, nas universidades e instituições técnicas mais de um terço dos estudantes são mulheres, vejamos o quadro abaixo:

1924-19251925-19261926-1927
Escuelas1.2941,4281.642
Alumnos205.840233.430243.810
Colegios y universidades
Escuelas129129136
Los instructores14.70014.80016.000
Los estudiantes164.000169.000168.000
Instituciones científicas
Los trabajadores mayores de Investigación18.04020

Em relação ao analfabetismo especialmente, houve uma verdadeira força tarefa formada pelo governo e organizações de voluntários para erradicar esse problema, podermos ver a quantidade de escolas para adultos criadas nesse período: 

1924-19251925-19241926-1927
Escuelas para analfabetos y semianalfabetos420044980454.600
Alumnos2,150,0001,600,0001,317,00

E claro, com o aumento do esforço, o numero de alunos diminuem, já que o analfabetismo vai diminuindo rumo a erradicação.

O processo para combater o analfabetismo era muito importante para a União Soviética, algo fundamental para a emancipação do povo e consequentemente para o crescimento do país nas diversas áreas estratégicas, como ciência, fisica, etc. Em 1939, cerca de 90% da população estava alfabetizada e posteriormente o analfabetismo foi erradicado[4].



Ciência e Investimento

Na União Soviética era muito importante o método de ensino, a pedagogia que seria utilizada para a assimilação do conhecimento. O método que se aplica para ensinar é fundamental não só para ser bem compreendido, mas para que a curiosidade, e a vontade de aprender, possam estar estimuladas constantemente.

Nesse sentido os soviéticos também obtiveram sucesso, e isso permitiu a consolidação de importantes escolas de pedagogia e a elaboração de manuais, de alta qualidade, inclusive exportados para outros países. No país também existia diversos institutos de preparação de professores, e uma desenvolvida rede de revistas de divulgação cientifica.

A ciência na União Soviética foi popularizada, todos tinham acesso as pesquisas, artigos, livros, além de terem a oportunidade de serem cientistas. A educação pública de alta qualidade proporcionou esse cenário, diferentemente dos países capitalistas, a ciência não era algo para poucos que podiam pratica-la e muito menos compreende-la.
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Estudantes soviéticos construindo um pequeno avião aeromotor numa escola pública.
A profissão de cientista era muito popular, não era algo de outro mundo e muito menos restrito, o ensino regular era de alta qualidade, e além dele existia um sistema desenvolvido extracurricular, ou extraescolar. Porque em cada escola havia vários clubes gratuitos, dirigidos não só por professores, mas também por especialistas na área convocados para ensinar.

O professor era muito valorizado na União Soviética, e tinha grande prestigio entre a população. Os professores eram formados e distribuídos por todo o país, quase todas as cidades tinham um instituto agrícola e outro pedagógico. A importância que se dava para a ciência e formação de professores foi um dos pilares do sistema educativo soviético.

Nos anos 70 e 80, na União Soviética, o numero de cientistas chegava a cerda de 1,5 milhões  e no âmbito da ciência e serviços científicos no geral, trabalhavam 4,5 milhões de pessoas. Isso é afirmar que 4% da população ativa na época estavam ligadas diretamente nesse área[5].


Outro fato que ocorreu por conta da revolução, e do seu sistema de ensino, foi a total emancipação da mulher no âmbito do estudo e trabalho. Anteriormente, profissões que eram apenas ou majoritariamente preenchidas por homens, foram literalmente ocupadas pelas mulheres, como engenharia, medicina, educação e ciência de um modo geral. As mulheres eram a metade do contingente estudantil em 1946 por exemplo[6]. Isso significa que a igualdade de oportunidades e condições para homens e mulheres foi possível, e avançou durante quase todo o período soviético, exceto com Gorbachev(Ultimo presidente da era soviética, e iniciou o neoliberalismo, com privatizações em massa, e cortes nos investimentos em áreas fundamentais, até a dissolução da União Soviética).

Alguns outros dados interessantes:1)Os investimentos educacionais soviéticos ultrapassavam os 10% do Pib. 2)Numa sala de aula soviética comum, havia 17 estudantes por professor.3) Em 10 anos, os estudantes soviéticos frequentavam nada menos que 5 cursos de física, 5 cursos de biologia e 4 cursos de química.

A Educação especial na União Soviética[7]

Assim como a educação geral(pública), a educação especial na União Soviética era gratuita, e portanto, obrigação do Estado Soviético oferece-la.

Traduzo e divido em partes um artigo de V. I. Lubovski, na qual ele descreve com detalhes, como funcionava o sistema, quais eram os métodos de ensino, a integração, entre outras coisas.

O método: A defectologia é um campo cientifico interdisciplinar que inclui todos os problemas, colocados por multiplos estudos relativos a instrução, a educação, a preparação laboral e profissional das crianças e adultos portadores de alguma deficiência(ou necessidades especiais).

Para estudar as crianças com deficiência, a defectologia adota enfoques clinícos, fisiológicos, psicológicos, pedagógicos e técnicos(criação e utilização de material especial). Sobre a base de investigações que se levam a cabo com orientações diversas, se definem e elaboram os meios e procedimentos destinados a corrigir e compensar as carências físicas e intelectuais.O método multidisciplinar no marco da disciplina cientifica, permitiu determinar não só os problemas comuns de um desenvolvimento anormal, mas também o caráter especifico das diversas anomalias . 

Este método contribuiu para determinar o comum, e o especifico para cada instrução na educação das crianças com deficiências das diversas categorias, e também, as semelhanças e diferenças entre a instrução e educação das crianças normais e dos deficientes(.....).

A defectologia soviética considera a integração como um objetivo essencial da educação, ao sair da escola especial o interessado deverá regressar para a sociedade como um membro útil da mesma. Capaz de viver de forma independente, de cooperar com as pessoas que o cercam, e de realizar atividades produtivas . Sobre a base de lograr a integração, é fundamental oferecer a criança todo o necessário para uma vida independente em sociedade, oferecendo uma educação completa, e uma boa preparação profissional.


Desenvolvimento: A educação especial se desenvolveu, do mesmo modo que o ensino em geral, tentando resolver os problemas comuns de desenvolvimento múltiplo da personalidade dos alunos de uma educação equilibrada, e proporcionar a preparação para uma vida independente dentro da sociedade socialista, como membros ativos da mesma, mas tendo características especiais na medida que cria condições favoráveis para corrigir os efeitos de um desenvolvimento com limitações e deficiências.


Por esta razão, o princípio básico de uma educação pratica durante todo o processo de aprendizagem, criando uma série de condições que relacionam tanto com a organização, como com o conteúdo da educação.


As inúmeras investigações, e a pratica da educação especial, demonstram de maneira convincente, que a correção do desenvolvimento anormal pode ser realizado com exito por meio de uma aprendizagem diferenciada, das crianças nas escolas especiais, dos distintos tipos, baseados nos seus diversos problemas e limitações. A organização em geral, as condições materiais e o trabalho em cada tipo de escola, corresponde perfeitamente as particularidades de cada categoria de deficientes.


Estrutura: Nos centros especiais, o processo de instrução e educação, os educadores qualificados que aplicam os procedimentos e métodos técnicos específicos no ritmo, e a distribuição do material didático  que melhor convém as peculiaridades de cada categoria de deficiência. Por exemplo, graças a utilização materiais especiais, ensina-se a cegos, o mesmo programa de física e química da escola geral. Se for preciso o programa das escolas especiais pode chegar a ser mais amplo que o das escolas de ensino geral. Há oficinas especiais com as devidas instalações, e com o corpo docente qualificado para dirigir esse tipo de trabalho. Só nas condições oferecidas por tais escolas, em geral no regime de internato, se pode organizar um serviço medico especializado e garantir sistematicamente a assistência médica necessária.


Outro princípio importante vinculado com o primeiro, é estabelecer que a educação especial deve começar o mais cedo possível, está é na realidade, uma das condições básicas para corrigir com eficácia o desenvolvimento anormal.Começar cedo o trabalho de reabilitação, permite por uma parte prevenir o máximo a aparição e o desenvolvimento de problemas secundários, e por outra, utilizar na maior medida possível as etapas cruciais de desenvolvimento, tanto das funções de forma separada, como da atividade psíquica no seu conjunto.


Integração:Devemos ter em particular o princípio da integração, porque é um conceito com avaliações distintas segundo cada país. Ao nosso ver, a princípio, a integração não contradiz em absoluto as exigências da diferenciação da educação especial, considerada como condição maior para a eficacia e uma boa readaptação.


A experiência Soviética na educação especial vem demonstrando o caminho mais eficaz para formar as crianças com deficiências, e integrar-los na sociedade, é educar-los nas escolas especiais. Este método se opõe de certa forma, a resolver mecanicamente o problema, que consiste em colocar uma criança com deficiência numa classe geral de escola pública, entre crianças da sua idade que desenvolvem-se de forma normal, com a possibilidade para os primeiros de algumas classes complementares com um educador especializado em determinadas necessidades e limitações.

Não excluímos a possibilidade, em certos casos, de educar as crianças com deficiência em escolas gerais, quando graças a suas capacidades, um nível bastante desenvolvido e meios técnicos especiais(por exemplo fones), estão em condições de assimilar o material didático em igualdade de condições que seus colegas normalmente. Porém, esse modelo não pode ser fundamental e nem generalizado. Na maioria dos casos, na escola pública, a criança deficiente se encontra situações muito mais difíceis que as demais crianças.Não pode assimilar o mesmo volume de conteúdo ao mesmo ritmo que os outros alunos, e se carece de material especial e a possibilidade de receber a adequada preparação profissional para esses casos.


Essa integração mecânica sempre implica numa diminuição do nível de exigência ao aluno deficiente e por consequência, um volume menor de conhecimento e experiências praticas em comparação com a criança sem a deficiência. Em nossa opinião, a integração das crianças com deficiência no processo de aprendizagem, deve ser antes de tudo, como uma introdução da educação especial ao sistema geral da educação, e isso por sua vez significa que o volume de conhecimento e experiências praticas que recebem as crianças com deficiência deverá corresponder a uma etapa precisa da formação dos alunos.


Esse  sistema de educação na União Soviética se aplica a todas as categorias de crianças com deficiência, exceto aos com problemas de retardo mental, que por conta da sua particularidade psíquica, inclusive em condições ótimas, só podem assimilar um volume limitado de conhecimentos básicos. A integração das crianças com deficiência e os demais, no período escolar, realiza-se em atividades interescolares e extraescolares(passeios, excursões coletivas, acampamentos de Pioneiros[8], casa de Pioneiros, etc).


O ultimo princípio em que é conveniente nos determos, é no processo de instrução e educação das crianças com deficiência. Não é para centrarmos na deficiência, nem nos limites que isso nos impõe, e sim nas capacidades potências da criança, ''sua margem imediata de desenvolvimento''(L.S. Vigotski). Este princípio da educação especial repousa numa regra da psicologia geral, a aprendizagem é o fator primordial do desenvolvimento, estando normal ou não.


Partindo dessa posição o sistema educativo especial soviético se compõe em uma séria de níveis 


A fim de oferecer a educação especial o mais cedo possível, foi criado um sistema de instituições para alunos em idade pré-escolar, jardins de infância, seções especiais de jardins da infância para crianças com deficiência auditiva e visual, de linguagem, e aos que sofrem com retardo mental. Essas instituições pré-escolares recebem fundamentalmente crianças de 3 a 7,8 anos. Ao terminar a escolaridade, em um desses estabelecimentos especiais, as crianças devem apresentar-se diante de uma comissão médica pedagógica competente que decidirá em qual lugar cada criança receberá sua instrução, ou seja, ela determina o tipo de escola mais adequada para a deficiência particular de cada criança e suas possibilidades. As crianças que não frequentaram o jardim da infância, deveram apresentar-se numa policlínica de assistência médica profiláctica, e também numa comissão médica pedagógica. É um exame obrigatório para todas as crianças de 6 a 7 anos, nessas condições, que levam em consideração médicos de diversas especialidades, incluindo claro um pediatra.


Para as crianças portadoras de retardo mental, existem as chamadas escolas auxiliares, que transmitem seu conhecimento durante 8 anos, as crianças recebem a instrução elementar corrente, um volume de conhecimento equivalente a mais ou menos os primeiros três anos das escola públicas. A escola auxiliar garante o desenvolvimento intelectual e físico dessas crianças, a criação de hábitos para se relacionarem e se conduzirem em sociedade, e a preparação laboral e profissional. Nas classes superiores se consagra este objetivo até 40% do plano de estudos. Um índice de exito da preparação profissional das escolas desse tipo, um feito de aproximadamente  50% das crianças portadores de retardo mental, não só exercem suas funções nas empresas correntes, no oficio que aprenderam na escola, como também cumprem com seu trabalho em alto rendimento. Os outros adolescentes mudam de oficio por influência dos conselhos da familia, e dos companheiros/as. Uma porcentagem muito alta de crianças portadores de retardo mental e marcados por problemas secundários advindos do primeiro, vão trabalhar em centros de reedução profissional.


As escolas para surdos, com um programa de estudos de doze anos, implementam um ensino equivalente ao programa de oito cursos da escola geral. Ocupa um lugar essencial o ensino do idioma materno e o desenvolvimento da educação verbal. Com este objetivo, se desenvolvem percepções auditivas, a articulação e a leitura labial. Os duros oito anos de estudo, em escolas que compreendem duas seções. A primeira seção:as crianças com maior grau de surdez  e maior nível de desenvolvimento articulatório recebem doze anos de instrução, ou seja, como na escola geral, na segunda seção: durante  o mesmo período, as crianças com mais pertubações auditivas e menor desenvolvimento articulatório estudam um programa equivalente a oito curso da escola geral.


Quando saem das escolas, os jovens portadores de deficiência auditiva podem trabalhar nas empresas correntes(em algumas fabricas de oficina especiais para surdos), ou no sistema de empresas protegidas pela sociedade de surdos, onde inclusive podem estudar uma nova profissão.


As escolas para cegos e com baixa visão, seguem também uma escolaridade de doze anos. Os programas correspondem ao das escolas gerais correntes. A correção e compensação da função visual deteriorada ou nula, se realiza por meio da maior utilização possível dos órgãos de tato, e dos sentidos restantes: Os meios técnicos, como já assinalamos, permitem que se ensine inclusive matérias tais como química e física, garantindo assim uma formação profissional. Tal preparação se realiza na nossa época, de acordo com as exigências da produção contemporânea. Por exemplo, em algumas escolas para cegos, se dá uma formação de programadores de computador. Muitos cegos trabalham nas empresas da sociedade de cegos.


As escolas especiais para crianças com problemas na linguagem, também tem duas seções: A primeira é para as crianças com grandes anormalidades articulatórias(alalia, afasia,disartria), e frequenta durante doze anos um ensino equivalente a oito anos da escola geral. A segunda  seção é para crianças com graves formas de tartamudez, e nesse caso, o programa coincide inteiramente com o da escola geral.

As escolas para crianças com problemas motores(como consequência de uma paralisia infantil, de poliomelite ou de outras causas), também fazem o ensino secundário e oferecem uma adequada preparação profissional.


Todas as escolas especiais, não só se dedicam ao ensino, como também se ocupam da manutenção das crianças  e lhes proporcionam material didático, comida e roupa. Estão financiadas pelo Estado e são gratuitas.


Para os alunos cegos, com baixa visão, surdos, com baixa audição, que trabalham em empresas, há escolas noturnas onde podem continuar os estudos secundários, caso não tenham feito isso antes.


Conclusões: Graças ao intercâmbio entre o ensino das escolas especiais e das escolas gerais, as crianças com deficiência na visão, audição, na falam ou motor, podem continuar sua educação nas instituições do sistema geral de educação, seja nas escolas técnicas secundárias, ou em estabelecimentos de ensino superior. Isso também cria condições favoráveis para sua adaptação social e sua integração na sociedade. Entre os antigos alunos das escolas para crianças com deficiência visual e auditiva, encontram-se muitos professores, advogados, engenheiros etc. Mais de duzentos deles, obtiveram graduações acadêmicas de licenciados e de doutores em ciência. O famoso matemático e acadêmico L. S. Pontriaguin é um antigo aluno da escola para cegos de Moscou.



Desde vários anos, está sendo feito um considerável trabalho para aperfeiçoar o sistema de escolas especiais e para diversifica-las. Tem sindo criado escolas destinadas em especial a crianças com atrasos no desenvolvimento psíquico, isso é dizer que as crianças que tem dificuldades na aprendizagem como consequência de lesões minimas no cérebro.




Notas:













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