Qualquer teoria politica deve ser adaptada às condições concretas dos lugares para os quais ela será utilizada. A transposição mecânica, dogmática e não criativa apenas afeta a sua aceitabilidade e expansão no seio do povo. Isso não significa que se deve altera-la nos seus princípios e forma, muito pelo contrário, mas sim usar seus fundamentos como ponto de partida e apoio com o objetivo de aprofundar sua inserção no cotidiano da classe trabalhadora, camponesa.
Kim Il Sung explica essa questão de forma
simples e direta quando escreve que o''Marxismo-leninismo não é
um dogma, é um guia para a ação e teoria criativa. Assim, o marxismo-leninismo
pode exibir a sua vitalidade indestrutível somente quando aplicado de forma
criativa para se adequar às condições específicas de cada país’’. Ou seja, uma
teoria para ser revolucionária é dinâmica, a dialética permite seus saltos
qualitativos e consequentemente práticos para a ação.
Outro marxista-leninista, Stálin, afirma''enriquecimento das velhas fórmulas, à base da análise da nova experiência, mantendo-se o ponto de vista do marxismo (...)”.
Outro marxista-leninista, Stálin, afirma''enriquecimento das velhas fórmulas, à base da análise da nova experiência, mantendo-se o ponto de vista do marxismo (...)”.
Ainda acrescentando sobre o problema do
dogmatismo é necessário colocar os seguintes fatos''O
dogmatismo se caracteriza pela separação entre a teoria e a prática, a fuga
para o campo da teorização escolástica. O dogmático, o talmudista, o
escolástico, parte unicamente de citações e não da experiência viva da prática,
da realidade. Sem penetrar na essência da questão, o dogmático, o escolástico,
o talmudista, estende mecanicamente os pronunciamentos dos clássicos do
marxismo-leninismo, que se referem a condições históricas determinadas e
concretas, há todos os tempos e a todas as épocas. O dogmático é inimigo da
dialética marxista. A falta de compreensão e a negação das ideias do
desenvolvimento, a falta de historicidade no tratamento das questões, são
traços típicos do dogmatismo. Ao mesmo tempo, o dogmatismo associa-se ao
idealismo. Ao invés de partir dos fenômenos da realidade objetiva, o dogmático
parte de esquemas mortos, os quais tenta impor à realidade viva’’.
Colocar a teoria revolucionária em favor dos
explorados, de acordo com suas condições reais, históricas, respeitando as características populares, nacionais do povo. Kim Il Sung sintetiza esse
problema quando diz''Se aplicarmos
mecanicamente experiências estrangeiras, desconsiderando a história do nosso
país e as tradições do nosso povo e sem ter em conta as nossas próprias
realidades e o grau de preparação do nosso povo, os erros dogmáticos resultarão
em muito dano à causa revolucionária. Fazer isso não representa
fidelidade ao marxismo-leninismo, nem ao internacionalismo; é contrariar a eles''.
O sujeito dogmático não entende os problemas advindos de seu posicionamento estático, repetitivo e sem base na realidade, a principal consequência desses erros é a ampliação da distância entre a teoria para qual diz estar militando e a classe trabalhadora, camponesa, popular de um modo geral, as quais são as bases primordiais para a revolução. Por isso,"o conflito existe não entre o conteúdo e a forma em geral, mas entre a velha forma e o novo conteúdo(...)” (Stálin).
Lenin demonstra através de sua grande experiência pratica, que o movimentos ''Vão se formando somente através de um trabalho prolongado, de uma dura experiência; sua formação é facilitada por uma acertada teoria revolucionária que, por sua vez, não é um dogma e só se forma de modo definitivo em estreita ligação com a experiência prática de um movimento verdadeiramente de massas e verdadeiramente revolucionário.
É fundamental a compreensão dessas questões para
que se possa sempre estar em profunda conexão com a realidade nacional e seus
respectivos problemas. Só é possível o avanço na organização e mobilização quando
se coloca vida nas palavras, transformando assim a teoria na materialidade
ativa a qual precisamos para agir e intervir nos problemas.
Em resumo’’O
marxismo é inimigo do dogmatismo. O marxismo surgiu, desenvolveu-se e
temperou-se na luta contra todo dogmatismo. Não é por acaso que, na época do
imperialismo, os inimigos do marxismo escolheram o dogmatismo, como arma
envenenada, em sua vil luta contra a doutrina marxista’’, portanto ''Transformar
o marxismo em dogma é uma tendência a sufocar sua alma revolucionária, a
transformar os princípios combativos e revolucionários do marxismo em dogmas
mortos e secos, a castrar o conteúdo vivo do marxismo''.
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