Já aconteceu em algumas favelas do Rio de Janeiro com a entrada do exército, nos presídios, agora no Espirito Santo, também havia ocorrido em outros estados nos seus momentos críticos.
Não há reflexão sobre essas ações, suas consequências e muito menos oposição ao crescimento da intervenção federal com o aparato do exército sob justificativa de controle da situação.
Diante disso fica cada vez mais evidente a estrutura de segurança completamente falida e ditatorial que existe nesse país. Além de não resolver qualquer problema, e mesmo com o endurecimento, é só capaz de gerar crises maiores e a piora nos números sociais.
Na realidade é uma grande cortina de fumaça para esconder a profunda miséria social em que a população se encontra e o caráter completamente antinacional e antipopular dos governos que vem se sucedendo.
A proposta comum do brasileiro para a segurança é o aumento da brutalidade.
Uma policia violenta, com ações de extermínio, cadeias lotadas, tortura e por ai vai.
Imaginam que dessa forma os problemas serão resolvidos, ou seja, um pseudo medo na marginalidade seria gerado e por consequência a tranquilidade para o ''cidadão de bem'' seria estabelecida.
Não percebem que tais ações nunca funcionaram em lugar algum que, hoje, desfruta de estabilidade social. O aumento da repressão e selvageria por parte do Estado, ou mesmo da própria população no geral, não trará qualquer tipo de seguridade.
Se desenvolve um ambiente completamente inseguro e sem qualquer garantia legal, a violência é legitimada como modo de contenção e todos os problemas seguem piorando.
Tem que se travar uma luta ideológica, de conscientização, profunda sobre este tema. Porque enquanto os problemas relacionados à insegurança e violência forem vistos dessa ótica, as causas das mazelas sociais a qual vivemos continuaram camufladas.
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