A grande virtude dos governos nacionalistas populares na América Latina é a sua capacidade de arregimentação das massas, seja por via direta de militância, seja pelos benefícios e leis aprovadas que auxiliam a população trabalhadora.
O problema é justamente o que falta a eles, ou seja, a limitação que tem se demonstrado durante as diversas experiências ocorridas durante a história; a luta de classes.
De uma forma ou de outra sempre tentaram conciliar a burguesia industrial com a classe trabalhadora, mesmo sabendo que são interesses distintos e, certamente, haveria divergências e confrontos duros sobre os rumos a serem tomados pelo Estado.
A burguesia no século xx permitiu tal situação primordialmente pela crise interna (econômica e politica) que viviam esses países e seu completo atraso perante o resto do mundo. Mas em determinado momento, quando a situação estava controlada, a mínima industrialização já havia sido produzida e o Estado estava ficando cada vez mais ''interventor'', o jogo virava, mudando completamente o planejamento até então estabelecido. O apoio retornava às forças estrangeiras (ainda que nunca tivesse sido completamente abandonado).
E justamente isso os comunistas, no geral, entendem e colocam em pratica durante os processos revolucionários. Ou seja, a completa reestruturação do Estado, das forças politicas e econômicas, tomando todo o poder politico e aprofundando radicalmente a luta de classes e anti-imperialista.
A dificuldade do nacionalismo popular latino americano é a virtude dos comunistas, e a virtude desses governos representa a dificuldade dos comunistas, ao menos atualmente.
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