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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O agronegócio é o atraso do país


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O governo Bolsonaro está alinhado com os setores mais atrasados para o desenvolvimento e independência do país, portanto, chama-lo de nacionalista é um crime contra o principio fundador do conceito de pátria.

Existe mais "medo" propagandeado contra o MST e outros movimentos de ocupação de terra, mas e a denuncia quanto ao "agroatraso" nacional ?

É sempre mais fácil pregar o terror aos pequenos, do que apontar os verdadeiros terroristas parasitários da nação.

A palavra que desperta calafrios:Reforma agrária.

Agricultura familiar é a base para o desenvolvimento.


Bom lembrar que 70% da comida que chega nas mesas brasileiras vem da agricultura familiar. Que ocupa menos de 25% das terras do Brasil e recebe menos financiamento do governo, já que 86% dos empréstimos são designados ao latifúndio.


O agronegócio formado exclusivamente pela monocultura, ou seja, representando o principal atraso produtivo do país detém a maior parte das terras e do dinheiro.


Porém prende o país numa monocultura que leva a estagnação do desenvolvimento nacional e suas formas de organização.

O verdadeiro inimigo é o agronegócio

Lembrando por fim que a agricultura familiar brasileira é responsável pela oitava colocação de produção mundial de alimentos.

Quem se coloca contra todos esses fatos é inimigo do país, pois é inimigo da independência nacional e do desenvolvimento produtivo.

Portanto, o alinhamento atual do governo Bolsonaro com o agronegócio é a destruição profunda da nação, jogando a produção do país no lixo.


Fontes:

Brasil: 70% dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros são da agricultura familiar

Agricultura familiar do Brasil é 8ª maior produtora de alimentos do mundo

“A agricultura familiar produz muito mais e ocupa menos terra”, diz especialista

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

"Para o bem de todos, primeiro os pobres": López Obrador e seu pacote econômico  

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Na última segunda-feira, 24 de dezembro, o Congresso Econômico e o Orçamento de Gastos da Federação (FPE) foram aprovados no Congresso do México para 2019. Além dos discursos, o modo como cada peso e centavo é gasto realmente mostra questões às quais cada governo dá importância. Alguns procuram ajudar bancos e banqueiros; outros gastam todo seu dinheiro em gastos correntes sem fazer investimentos, como fez o governo de Vicente Fox (2000-2006) com os excedentes de petróleo durante a primeira alternância partidária no México.

O orçamento proposto por López Obrador tem uma grande diferença em relação aos governos anteriores, uma vez que as maiores mudanças foram feitas para aumentar o montante destinado às políticas de bem-estar social. A AMLO começa por cumprir o que, juntamente com a corrupção e a austeridade, tem sido a sua principal bandeira durante muitos anos: para o bem de todos, primeiro os pobres. O Ministério da Assistência e do Ministério do Trabalho terá um aumento substancial em seus orçamentos uma vez que operam programas de governo principal, como pensão universal para os idosos, lançamento e operação de cooperativas e de crédito social e do programa de trabalho e bolsas de estudo treinamento para 300.000 jovens que são a projeção do México que queremos para o futuro.

Outro ponto interessante no orçamento é que ele procura reduzir os gastos atuais e aumentar os gastos com investimentos. Como se faz isto? Organismos e áreas com duplicação de funções foram detectados, eliminando-se esses setores e suas posições, muitos criados em governos anteriores para dar trabalho a amigos ou parentes. Esta poupança destina-se a ser utilizada para programas de infra-estrutura que poderiam desencadear o crescimento da economia mexicana, especialmente no sudeste do país, onde a construção de duas rotas ferroviárias é proposta e onde há níveis mais altos de pobreza. O Estado pretende ser mais eficiente e fazer mais com menos, como disse López Obrador.

Os salários da maioria dos comandantes de alto nível também foram reduzidos, enquanto houve um aumento do salário mínimo de quase 15%, o que pretende ser talvez o primeiro de vários ajustes em termos de renda dos trabalhadores. Deve ser lembrado que o México é um dos países com o salário mínimo mais baixo em todo o continente, já que é quase da ordem de 130-140 dólares por mês; um verdadeiro insulto à classe trabalhadora. Embora o caminho da justiça salarial ainda seja bastante longo, a AMLO deixou claro que o que se busca é reduzir as desigualdades, não por decreto, mas restringindo o privilégio daqueles que estão no topo. Como bom juiz que inicia sua casa, a AMLO aplicou uma redução de 60% no salário do presidente e de seus principais colaboradores. A má notícia é que ainda existem setores antigos da burocracia de ouro, como o Judiciário, que não quer renunciar a esses privilégios.

Houve críticas ao orçamento como muitos setores contemplar reduções em suas alocações, mas tenha em mente que esses ajustes iminentes de reestruturação mencionado linhas até evitar duplicações ou reduzir a força de trabalho que não faz muito sentido como centenas de conselheiros com quem os superiores contavam. A redução do orçamento também inclui uma redução dos custos das secretarias (ministérios) através das compras de programas consolidados que ajudam a combater a corrupção desenfreada que existiam nos contratos, bem como a eliminação de gastos supérfluos e suntuárias que eram governos anteriores habituais. O orçamento foi concebido para que as reduções não afetem as áreas substantivas das instituições.

O resto do pacote econômico mostra interesse em manter uma ortodoxia financeira para manter finanças públicas sólidas e responsáveis. Não há aumento da dívida (um ônus muito pesado herdado pelas administrações anteriores) e a projeção da inflação é calculada menor que a de 2018. O crescimento econômico é esperado entre 1,5% a 2,5% para o próximo ano e embora seja conservador, não está longe da média continental e é melhor do que o previsto na maioria dos países europeus ou nos Estados Unidos. A gestão adequada dos indicadores macroeconômicos é uma das principais preocupações do novo governo, pois sabe muito bem que as visões internacionais são colocadas nesses itens.

A execução da despesa

A AMLO prometeu desde a campanha que não haveria mais impostos desde que ele primeiro quisesse mostrar que ele faria melhor uso dos recursos do que outros governos. A proposta parece lógica e louvável, mas certamente neste pacote econômico requer uma política mais rígida para melhorar a arrecadação de impostos, um dos fardos históricos do Estado mexicano, que tende a cobrar pouco e mal. É uma dívida pendente que esperamos que seja resolvida no curso do governo obradorista.

É claro que os interesses do governo López Obrador estão focados na redução das desigualdades através de um programa redistributivo de gastos sociais. Não há nada mais revolucionário do que uma gestão responsável e justa do orçamento e é isso que está provando Lopez Obrador, apesar de ser restringida pela alta de juros da dívida que herdou e as despesas correntes foi cometido anteriormente. Privilégios de ataque, com uma administração austera das finanças e uma luta frontal contra a corrupção, López Obrador está determinado a fazer mais com menos e se distinguir de governos anteriores que serviram com a colher grande.

Agora, tudo o que é preciso é uma execução eficaz desse gasto social e que ele não permaneça nos intermediários habituais, como aconteceu em governos anteriores. Lopez Obrador deve implementar um controle rigoroso e dirigir a distribuição desses recursos porque até agora a maior parcela de gastos sociais vai para burocracias administrativas e delegados políticos que ocorrem frequentemente formas de vida vice-reis. O orçamento foi um primeiro e importante passo, mas também é necessário melhorar a execução das despesas.




sábado, 22 de dezembro de 2018

Rudolf Rocker: O papel dos sindicatos na visão anarcossindicalista

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Estas foram as considerações que levaram ao desenvolvimento do Sindicalismo Revolucionário ou, como foi mais tarde chamado, anarco-sindicalismo na França e em outros países. O termo sindicato dos trabalhadores significava, a princípio, apenas uma organização de produtores para a melhoria imediata de seu status econômico e social. Mas a ascensão do Sindicalismo Revolucionário deu a este significado original uma importância muito mais ampla e profunda. Assim como o partido é, por assim dizer, uma organização unificada com esforço político definido dentro do estado constitucional moderno que procura manter a atual ordem da sociedade de uma forma ou de outra, então, de acordo com a visão unionista, os sindicatos são as organizações unificadas do trabalho e têm para o seu propósito a defesa dos produtores dentro da sociedade existente e a preparação para a realização prática da reconstrução da vida social na direção do socialismo. Eles têm, portanto, um duplo propósito: 1. Fazer cumprir as exigências dos produtores para a salvaguarda e elevação de seu padrão de vida; 2. Familiarizar os trabalhadores com a gestão técnica da produção e da vida econômica em geral e prepará-los para tomar o organismo socioeconômico em suas próprias mãos e moldá-lo de acordo com os princípios socialistas.

Os anarco-sindicalistas são da opinião de que os partidos políticos não estão preparados para desempenhar qualquer uma dessas duas tarefas. Segundo suas concepções, o sindicato tem que ser a ponta de lança do movimento operário, endurecido pelos combates diários e permeado por um espírito socialista. Somente no reino da economia os trabalhadores são capazes de mostrar sua força total; pois é a sua atividade como produtores que une toda a estrutura social e garante a existência da sociedade. Apenas como produtor e criador da riqueza social, o trabalhador se torna consciente de sua força

Em união solidária com seus seguidores, ele cria a grande falange do trabalho militante, inflamada pelo espírito da liberdade e animada pelo ideal de justiça social. Para os anarcossindicalistas, o sindicato dos trabalhadores é o germe mais produtivo de uma sociedade futura, a escola elementar do socialismo em geral. Toda nova estrutura social cria órgãos para si no corpo do velho organismo; sem esse pré-requisito, toda evolução social é impensável. Para eles, a educação socialista não significa a participação na política de poder do Estado nacional, mas o esforço para deixar claro aos trabalhadores as conexões intrínsecas entre os problemas sociais pela instrução técnica e o desenvolvimento de suas capacidades administrativas, para prepará-los para seu papel de Estado. re-shapers da vida econômica e dar-lhes a garantia moral necessária para o desempenho de sua tarefa. Nenhum corpo social é mais adequado para esse propósito do que a organização econômica de combate dos trabalhadores; dá uma direção definida às suas atividades sociais e endurece sua resistência na luta imediata pelas necessidades da vida e pela defesa de seus direitos humanos. Ao mesmo tempo, desenvolve seus conceitos éticos sem os quais nenhuma transformação social é impossível: solidariedade vital com seus companheiros no destino e responsabilidade moral por suas ações.

Só porque o trabalho educativo dos anarcossindicalistas é direcionado para o desenvolvimento do pensamento e da ação independentes, eles são francamente oponentes de todas as tendências centralizadoras que são tão características da maioria dos atuais trabalhadores. O centralismo, aquele esquema artificial que opera de cima para baixo e transfere os assuntos da administração para uma pequena minoria, é sempre acompanhado por rotina oficial estéril; esmaga a convicção individual, mata toda a iniciativa pessoal pela disciplina sem vida e pela ossificação burocrática. Para o Estado, o centralismo é a forma apropriada de organização, pois visa à maior uniformidade possível da vida social para a manutenção do equilíbrio político e social. Mas para um movimento cuja própria existência depende da ação imediata em qualquer momento favorável e do pensamento independente de seus defensores, o centralismo é uma maldição que enfraquece seu poder de decisão e reprime sistematicamente toda iniciativa espontânea.

A organização do anarco-sindicalismo é baseada nos princípios do federalismo, na livre combinação de baixo para cima, colocando o direito da autodeterminação de cada união acima de tudo e reconhecendo apenas o acordo orgânico de todos com base em interesses comuns,convicção. Sua organização é construída de acordo com a seguinte base: Os trabalhadores de cada localidade juntam-se aos sindicatos de seus respectivos ofícios. Os sindicatos de uma cidade ou de um distrito rural combinam-se em Câmaras do Trabalho, que constituem os centros de propaganda e educação locais, e unem os trabalhadores como produtores para impedir o surgimento de qualquer espírito divisionista de mente estreita. Em tempos de problemas trabalhistas locais, eles organizam a cooperação unida de todo o corpo de trabalhadores localmente organizados. Todas as Câmaras do Trabalho são agrupadas de acordo com distritos e regiões para formar a Federação Nacional de Câmaras do Trabalho, que mantém a conexão permanente entre os órgãos locais, organiza o ajuste livre do trabalho produtivo dos membros das várias organizações em; linhas cooperativas, prevê a coordenação necessária no trabalho de educação e apoia os grupos locais com conselho e orientação.

Todo sindicato é, além disso, federativamente aliado a todas as organizações da mesma indústria, e estas, por sua vez, com “todos os negócios relacionados, para que todos sejam combinados em alianças industriais e agrícolas gerais. É tarefa deles atender às demandas das lutas cotidianas entre capital e trabalho e combinar todas as forças do movimento para a ação comum, onde o; surge a necessidade. Assim, a Federação das Câmaras do Trabalho e a Federação das Alianças Industriais constituem os dois pólos sobre os quais gira toda a vida dos sindicatos trabalhistas.

Tal forma de organização não apenas dá aos trabalhadores toda oportunidade de ação direta na luta por seu pão cotidiano, mas também lhes fornece as preliminares necessárias para a reorganização da sociedade, sua própria força e sem intervenção alienígena no caso de uma crise revolucionária. Os anarco-sindicalistas estão convencidos de que uma ordem econômica socialista não pode ser criada pelos decretos e estatutos de qualquer governo, mas apenas pela colaboração qualificada dos trabalhadores, técnicos e camponeses para levar adiante a produção e a distribuição por sua própria administração no interesse da comunidade e com base em acordos mútuos. Em tal situação, as Câmaras do Trabalho assumiriam a administração do capital social existente em cada comunidade, determinariam as necessidades dos habitantes de seus distritos e organizariam o consumo local. Através da agência da Federação das Câmaras do Trabalho, seria possível calcular as necessidades de todo o país e ajustar o trabalho de produção de acordo. Por outro lado, seria tarefa das Alianças Agropecuárias e Industriais assumir o controle de todos os instrumentos de produção, transporte, etc., e fornecer aos grupos produtores separados aquilo de que precisam. Em um mundo:

1. Organização da produção total do país pela Federação das Alianças Industriais e direção de trabalho pelos conselhos de trabalhadores eleitos e pelos próprios trabalhadores; 2. Organização da contribuição social pela Federação das Câmaras do Trabalho.


A este respeito, também, a experiência prática deu a melhor instrução. Mostrou que os muitos problemas de uma reconstrução socialista da sociedade não podem ser resolvidos por nenhum governo, mesmo quando se entende a famosa ditadura do proletariado. Na Rússia, a ditadura bolchevique ficou impotente por quase dois anos antes dos problemas econômicos e tentou esconder sua incapacidade por trás de uma enxurrada de decretos e ordenações, a maioria dos quais foram enterrados de uma só vez nos vários departamentos. Se o mundo pudesse ser libertado por decretos, há muito tempo não haveria problemas na Rússia. Em seu zelo fanático pelo poder, o bolchevismo destruiu violentamente os órgãos mais valiosos de uma ordem socialista, reprimindo as sociedades cooperativas, colocando os sindicatos sob o controle do Estado e privando os soviéticos de sua independência quase desde o início. Assim, a ditadura do proletariado abriu o caminho não para uma sociedade socialista, mas para o tipo mais primitivo de capitalismo de Estado burocrático e uma reversão para o absolutismo político que há muito tempo foi abolido na maioria dos países pelas revoluções burguesas. Em sua Mensagem aos Trabalhadores dos países da Europa Ocidental, Kropotkin disse, com razão: “A Rússia nos mostrou o caminho pelo qual o socialismo não pode ser realizado, embora o povo, nauseado com o antigo regime, não expressasse nenhuma resistência ativa aos experimentos do novo. governo. A ideia dos conselhos de trabalhadores para o controle da vida política e econômica do país é, por si só, de extraordinária importância, mas enquanto o país for dominado pela ditadura de um partido, os trabalhadores e camponeses os conselhos perdem naturalmente o seu significado. Eles são degradados pelo mesmo papel passivo que os representantes dos Estados costumavam jogar no tempo da Monarquia absoluta. "










terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A imigração é promovida pelo Livre Mercado

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O livre mercado como ideologia e sistema econômico tem durante toda a sua história provocado de forma intensiva os fluxos migratórios, seja pela crise interna de determinados países, ou pela exploração imposta de um país para com o outro, guerras entre diversos outros fatores.

De qualquer maneira o livre mercado estará ali representado diretamente pelos seus líderes empresariais e políticos. Uma das maiores violências que podem ser cometidas contra o ser humano é forçá-lo a sair do seu local de origem, quebrar os vínculos familiares e culturais com o seu povo e ser obrigado a rumar ao desconhecido e a frieza existente na solidão.

E essa violência contra o principal processo cognitivo do ser humano que é a sua socialização, a segurança emocional, as raízes de confiança estabelecidas organicamente são atacadas a todo o momento pelo modus operandi do livre mercado e os seus defensores. Diferente do que, por vezes é apresentado, a direita neoconservadora, liberal, entre outras variáveis, na pratica ideológica e teórica não são contra a imigração, apesar do discurso.

As palavras como diz um ditado são ''jogadas ao vento'', portanto, o que realmente  importa é a realidade concreta. Discursos e bravatas todos usam para em algum momento histórico se favorecer, mas o cerne da questão é a queda do véu da ignorância e a nudez da verdade aos incautos.

Toda a espoliação diária cometida pelas elites internacionais, a destruição do Estado social, o avanço criminoso do neoliberalismo e o impeto sanguinário dos exércitos dominantes do globo resultam no grande desastre atual em que vemos a humanidade, o grande articulador e culpado é o capitalismo e sua formulação abarcada no livre mercado mais especificamente.

Algumas palavras de um dos principais teóricos do neoliberaalismo em sua essência pode clarear melhor como funciona o jogo e qual a opinião verdadeira desse espectro.

Em seu livro ''Governo e Mercado'', Murray Rothbard, explica o seguinte:

''Aqueles que acreditam no livre mercado e na propriedade privada, mas que ainda defendem barreiras à imigração, estão presos em uma contradição insolúvel''. 

Isso significa que todo espectro que defende o capitalismo, o livre mercado e é contra a imigração na realidade apenas é ignorante sobre o próprio sistema econômico e ideológico que defende. Pois é, como se vê pelos fatos e pelos livros dos teóricos do neoliberalismo uma pauta intrínseca do arcabouço teórico construído.

Fica evidente que são cachorros correndo atras do próprio rabo, um falso antagonismo, jogam apenas no colo da esquerda(que também acriticamente toma parte favorável aos fluxos migratórios atuais) um problema o qual o status quo defendido por eles é não só defensor, mas financia e intervem direta e indiretamente de diversas maneiras para que essa tragedia ocorra a cada dia em proporções maiores.

Os interesses envolvidos? 

Como disse Marx: ''a criação do exercito industrial de reserva'', ou seja, a redução de custos da produção, corte dos direitos sociais, a promoção de conflito entre os trabalhadores, a diluição cultural originaria do país e a globalização, um dos maiores objetivos do capital internacional.

A oposição contra todos esses ataques só pode ser exercida pelo anti-imperialismo e a defesa não apenas da economia nacional e os direitos sociais, mas logicamente por um embate cultural profundo para o fortalecimento da organicidade do povo e as características elementares na contramão dos interesses homogenizadores das elites especuladoras e parasitarias.













segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Aquaman: O reinado da guerra

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DC Comics lançou neste mês de dezembro a sua mais nova aposta vinda dos quadrinhos, Aquaman, este personagem que historicamente nunca foi valorizado ou mesmo teve algum fato relevante durante todo o seu período de existência, ganha um investimento alto de credibilidade e financeiro por parte da produtora.

Relembrando o recente passado de fracassos e criticas muito duras sobre os últimos filmes lançados como ''Batman vs Superman'', ''Esquadrão Suicida'' e ''Liga da Justiça, a DC aposta numa reformulação interna de produção e linha dos seus filmes. Amenizando, se assim é possível colocar o ''ar sombrio'' e implementando uma dinâmica mais ativa e irônica dos personagens, Aquaman é apresentado como o projeto que irá dar o start de uma nova era cinematográfica para o gênero.

O próximo da lista será o solo do Shazam, que promete ser um filme essencialmente de comédia, ao estilo Homem Formiga da Marvel. Alias, essa é a linha que a DC seguirá a partir de agora, principalmente a curto prazo, pois, existe a necessidade da produtora em se recolocar de forma competitiva diante do atual cenário de domínio da Marvel, e as medidas, corretas ou não, como estamos começando a ver estão sendo tomadas.

Filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman), Arthur Curry (Jason Momoa) cresce com a vivência dos humanos e os poderes de metahumanos de atlante. Quando seu irmão Orm (Patrick Wilson) mostra o interesse em tomar posse do trono de Atlantida, tornando-se consequentemente Mestre dos Oceanos e literalmente esmagando os demais reinos aquáticos para dessa forma abrir uma guerra com a superfície, os humanos, caberá a Arthur o papel de impedir o possível fim apocalíptico que se aproxima. Para que isso seja viável durante sua missão vai receber o apoio da princesa de um dos reinos, e noiva de seu irmão, Mera (Amber Heard), e do conselheiro do reino Vulko (Willem Dafoe) que foi seu professor/treinador dos mares desde a juventude.

Na primeira parte do filme já é possível visualizar qual será a base do roteiro, ou seja, seu principio norteador. De um lado, Aquaman, um mestiço, um cavaleiro solitário, rejeitado e ao mesmo tempo que também rejeita pertencer a qualquer tipo de coletividade, entre os Atlantis é tido como um vira-lata, entre os humanos é admirado por alguns e atacados por outros.

Uma dualidade que faz um paralelo com a situação atual do mundo, entre imigrantes e povos residentes de determinados países. Isso porque o seu irmão, Orm, carrega consigo o discurso da uniformidade racial, da tradição guerreira e das bases medievais mais elementares historicamente. Quase o retrato pintado que a grande mídia faz de algumas forças politicas ligadas ao dito ''populismo''.

O Aquaman representa no filme os lemas da diversidade cultural, regional e o individualismo característico do mundo regido pelo neoliberalismo(neste caso progressista).Tal fato acontece porque a sua origem não permite outro posicionamento, separado da mãe logo cedo, perseguido pelos seus compatriotas de Atlantis, e não completamente aceito pelos humanos expressa uma figura ''impar entre os seus pares''.

Já o seu irmão,Orm, é completamente o oposto. O filho favorito do pai, desde cedo treinado para ser o futuro rei, o guerreiro mais forte e defensor da estabilidade e da defesa de Atlantis, tem como o seu principal lema a destruição do mundo moderno formado pelos humanos, a dominação do reino como império do poder dos mares e defende a subjugação humana uma emergência para a sobrevivência de seu povo.

Para conseguir alcançar o seu objetivo,Orm vai articular estratégias para a antecipação de acontecimentos que em sua analise seriam inevitáveis em algum momento, por exemplo, um ''ataque'' de um submarino contra Atlantis. A necessidade desse falso ataque seria para o convencimento de forma mais simples dos outros reinados dos mares, porém, no final o que menos será usado por ele é o dialogo.

A guerra e sempre ela resolve todos os problemas, e apesar de um principio norteador mais moderado estar com o Aquaman, isso não significa em nenhum momento que a essência dele também não seja de um guerreiro. O espirito da guerra se manifesta nos momentos certos e é dessa forma que conquistara a vitória primordial para a sobrevivência não só de Atlantis, mas também da superfície.

O sagrado, o espirito, a guerra, representam o tridente do verdadeiro guerreiro, ambos tem a disposição de luta, o ódio e a força que norteiam o corpo de um Rei. Porém só um deles tem a abnegação para ultrapassar os obstáculos e conquista-lo.

Essa virada da DC pode ou não ser definitiva, não existe certeza com empresas desse porte, mas sabemos que a pressão das bilheterias da Marvel e os desastres recentes de sua franquia mostram ao menos nesse período que o vento que guiava até então os rumos, mudou de lado. Vamos acompanhar até que ponto esse novo modelo de construção irá permanecer.






















Como deveria ser a escola da classe trabalhadora segundo Marx ?


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Os três pontos fundamentais



1)As escolas fundamentais requeridas pela classe proletária não deveriam ser dirigidas pelos governos, nem pelas igrejas, mas pelos próprios trabalhadores. Deveriam ser financiadas por meio ou de impostos ou taxas, fiscalizadas por inspetores do Estado, regulamentando-se a qualificação dos professores e, finalmente, não deveriam ser o lugar para o ensino de qualquer disciplina que implicasse uma "visão de classe", ou "ideologias". Ensinar-se-iam as ciências modernas, a gramática, mas não a filosofia, a religião e nem economia política. Estes assuntos seriam realizados pelos adultos ou em escolas ou outros organismos constituídos autonomamente pelas classes proletárias. Nas escolas para os trabalhadores seriam ensinadas as diversas tecnologias —seus princípios científicos— tanto por meio de exposições teóricas como práticas. Por certo o "ensino noturno" seria extinto, uma vez que as crianças e jovens trabalhadores poderiam freqüentar as escolas durante o dia, não ampliando a jornada de trabalho com a educação escolar, como ocorre em nossos dias.

Para Marx, o "homem novo" já existia: era a classe proletária e sua educação política se faz nas lutas, nos sindicatos, nos partidos políticos. Tudo o mais, diria, Marx, é metafísica dos "filósofos alemães" que pensaram revolucionar o mundo na cabeça, como afirmara na obra conjunta com Engels, A Ideologia alemã... A classe proletária necessita desenvolver-se intelectual, moral e fisicamente e, para isso, é preciso que tenha tempo livre, pois o tempo é o campo do desenvolvimento humano.

2) Tem-se, dessa maneira, duas diretivas: (1) a combinação do trabalho produtivo —remunerado— com a instrução escolar para "produzir seres humanos desenvolvidos em todas as dimensões" e (2) os operários deveriam exigir esse tipo de escola apenas aos seus filhos, as demais classes que cuidassem dos seus.


3)A libertação concreta dos homens só poderá ocorrer, pensava Marx, por meio da redução do tempo individual do trabalho socialmente necessário. Logo, a coordenação do trabalho remunerado e regulamentado das crianças e jovens com a educação escolar, constitui uma contingência histórica. Não tem a eternidade de um "princípio" e sim a perenidade de uma dada forma de sociedade: a capitalista. Neste sentido, a luta pela regulamentação do trabalho das crianças e jovens combinada com a educação escolar integra uma luta mais ampla pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários. São movimentos táticos para se alcançar a estratégia geral da abolição do trabalho assalariado e não uma maneira de perpetuar as relações existentes.

A outra face da moeda é a educação tecnológica das classes proletárias. Esta educação interessa tanto aos trabalhadores quanto a seus empregadores, mas tem-se aqui uma situação contraditória. Os capitalistas necessitam de trabalhadores qualificados, porém ao qualificá-los, eles se tornam mais exigentes e autônomos10. Esta contradição se resolve na prática pelas lutas no interior da classe dos capitalistas: o mercado concorrencial (que é uma luta intraclasse) empurra os capitalistas para o apoio e desenvolvimento da qualificação técnica de seus trabalhadores. Pelo lado dos trabalhadores assalariados, a concorrência no mercado da força de trabalho impulsiona a busca da qualificação desejada pelo capital. É por esta via que as escolas são impulsionadas pelas mudanças exigidas pela situação apontada acima. Muda-se a escola, mas o capitalismo permanece íntegro, enquanto modo de produção.



sábado, 15 de dezembro de 2018

O que defendem os liberais para as crianças ? Com a palavra Murray N. Rothbard

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A destruição da família pelos liberais


Os liberais da direita costumam fazer um grande terrorismo psicológico sobre o falsamente criado ''marxismo cultural'', a miséria no socialismo, o sofrimento dos povos sob um sistema ''assassino e opressor'', que ''restringe as liberdades'' dos indivíduos em detrimento de um projeto de poder coletivo.

Mas qual é o projeto liberal em relação, por exemplo, ás crianças ? O que formula um dos seus principais teóricos ?

Eles realmente defendem a família e sua união orgânica ? Ou apenas desejam levar as ultimas consequências a destruição social da principal base de resistência contra a anarquia estrutural-global?

Vamos trabalhar com o autor Murray N. Rothbard, e sua obra ''Governo e Mercado''.

Neste livro ele trata primordialmente sobre a famosa lenda do livre mercado e as intervenções do Estado em diversos níveis, econômico, social etc.

Alguns capítulos chamam atenção, principalmente quando se presta nota o tipo de proposta ''civilizacional'' defendida por tal elemento. Diga-se, amplamente propagada na pratica, ainda que com outras palavras e jogos demagógicos pelos seus atuais satélites nacionais.

Pois o que ocorre na realidade concreta quando se destrói a CLT, a previdência, privatizações de serviços públicos e entrega da riqueza nacional, redução salarial, aumento de preços, desemprego alto e caos social generalizado ? Sem duvida a resposta é a politica de terra arrasada.

Deixarei com vocês essa parte, leiam e reflitam a barbárie moral que tal ideologia representa:


''As leis de trabalho infantil são um claro exemplo das restrições impostas à contratação de algum trabalho para o benefício do salário restritivo dos demais trabalhadores. Em uma época de muita discussão sobre o “problema do desemprego”, muitos dos que se preocupam com o desemprego também defendem as leis do trabalho infantil, que coercitivamente impedem a contratação de um grupo inteiro de trabalhadores. As leis de trabalho infantil, portanto, correspondem a desemprego compulsório. O desemprego compulsório, naturalmente, reduz a oferta geral de trabalho e aumenta os salários de forma restritiva assim como a conexidade do mercado de trabalho difunde os efeitos por todo o mercado. A criança não apenas é impedida de trabalhar, mas também a renda das famílias com crianças é arbitrariamente reduzida pelo governo, e famílias sem filhos ganham em detrimento das famílias com filhos. As leis de trabalho infantil penalizam as famílias com crianças pelo período em que elas permanecem financeiramente dependentes dos pais que é, desse modo, prolongado. As leis de trabalho infantil, ao restringir a oferta de trabalho, reduzem a produção da economia e, portanto, tendem a reduzir o padrão de vida de todos na sociedade''


Neste outro trecho defende o controle populacional e já sabemos como: 

''Além do mais, as leis não têm nem ao menos o efeito benéfico que o controle de natalidade compulsório poderia trazer para a redução populacional, quando os habitantes estão acima da média ótima; pois o número total da população não é reduzido (a não ser pelos efeitos indiretos da punição a crianças), mas a população ativa é reduzida. Para reduzir a população ativa enquanto a população dos consumidores permanece inalterada é necessário reduzir o padrão de vida geral. As leis de trabalho infantil podem tomar a forma de proibição pura e simples ou a da exigência de “documentos de trabalho” e de todos os tipos de burocracia antes de um jovem poder ser contratado, o que tem, parcialmente, o mesmo efeito. As leis do trabalho infantil são também encorajadas pelas leis de frequência escolar obrigatória''. 


E também é contra o direito fundamental da criança frequentar uma escola, ou seja, aprender e se desenvolver cognitivamente:

''Obrigar uma criança a permanecer em uma escola pública ou em uma escola certificada pelo estado até certa idade tem o mesmo efeito de proibir sua contratação e preservar trabalhadores adultos de concorrentes mais jovens. A frequência obrigatória, contudo, vai ainda mais além, obrigando uma criança a usar certo serviço – educação escolar – quando ela ou seus pais poderiam preferir outra coisa, impondo assim, adicionalmente, uma perda de utilidade para essas crianças''.

Tudo isso representa o mais profundo esgotamento humano, social e civilizacional existente dentro da sociedade(termo, aliás, que rejeitam).  Tal politica vem sendo aplicada por diversos governos em todo o mundo, o neoliberalismo nada mais representa que a ultima etapa do capitalismo e sua ansiá destrutiva e imoral.

Combater esses ideais é o papel de todo cidadão que não deseja a continuidade do declínio geral em que o mundo está metido e busca melhoras para a sua família e as pessoas ao seu redor. Acima de qualquer politica, é humanidade.









terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O Integralismo e seus princípios fundadores

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A base teórica integralista



O integralismo tinha como base a revolução espiritual e cultural, que juntas formariam a base do Estado integral. Este sendo antiliberal e anticomunista.

Representando assim o equilíbrio necessário numa sociedade que deseja preservar a tradição e o ethos nacional.

Para que fosse possível o crescimento do movimento, Plínio Salgado, deixou expresso a importância de cada militante tomar consciência crítica desses fundamentos. Pois o Estado integral representaria a 4° humanidade, superando o então processo vigente do materialismo.

Na década de 30, o integralismo defendia e exaltava a miscigenação como algo positivo e que colocava o brasileiro num ponto diferenciado da história. Juntando o branco, o negro e o indígena, sendo o caboclo, o sertanejo, seus principais modelos.

Era o campo e não a cidade o objetivo do integralismo. A urbanização, da forma como ocorreu, apenas levou o país a desorganização social, moral e econômica.

O intuito, então, era um regresso a outros tempos, ainda que não literalmente, mas em sua concepção filosófica. Isso ocorria porque o materialismo, aquela busca desenfreada pelo consumo e o dinheiro corromperam o povo, fazendo com que a Igreja, representada pelo catolicismo, fosse deixada de lado.

A espiritualidade não podia ser abandonada daquela forma, era urgente um resgate da religiosidade popular, da moralidade cristã e dos costumes pertencentes a sociedade brasileira.

Plínio Salgado foi o formulador teórico da parte cultural e religiosa do movimento integralista, sendo Gustavo Barroso pelo programa econômico e Miguel Reale do arquétipo de Estado.

É sempre importante deixar claro que o integralismo não tinha em si qualquer conteúdo racista persecutório, como alguns acreditam. Sempre em seu programa foi deixado explícito a contraposição á ideias desse conteúdo segregacionista.

Porém isso não significa concomitantemente que o movimento integralista tinha o entendimento correto sobre a formação racial do Brasil e os respectivos motivos dessa miscigenação planejada historicamente.

O movimento integralista perdeu a sua importância e foi derrotado após ter sido posto na ilegalidade pelo Estado Novo. Inclusive podendo ser acusado posteriormente de uma degeneração ideológica, principalmente em âmbito geopolítico e econômico, pois, Plínio Salgado, seu principal representante popular, apoiará o golpe de 64 e o alinhamento do Brasil junto aos Estados Unidos.

Atualmente os seus remanescentes, organizados na Frente integralista Brasileira defendem um programa diferente daquela época. O liberalismo tornou-se regra não apenas nesse movimento, mas em todas as vertentes políticas existentes.

Plínio Salgado e o integralismo não conseguiram fazer a revolução que pretendiam, mas a citação abaixo, num dos seus livros deveria lhe servir como autocritica, quando decidiu tomar outro caminho e assim afundar de vez o que foi a criação teórica ''original'' de um movimento politico/cultural promissor nos anos 30.

“Os maiores inimigos das revoluções são exatamente aqueles que as fizeram e não sabem dirigi-las. Porque estão sacrificando uma oportunidade histórica, porque estão retardando a imposição de uma ordem absolutamente nova''(SALGADO, Plínio. A Psicologia da Revolução)







domingo, 9 de dezembro de 2018

Enéas e o nacionalismo real

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A nação como principio básico

O nacionalismo no Brasil teve durante sua história inúmeros personagens importantes e que em suas respectivas trajetórias, demonstraram a bravura e o impeto de luta necessários para a formulação e aplicação de um programa estrutural profundo e reformulador do país.

Um personagem politico que se destaca na história, apesar de pouco valorizado pelas forças que deveriam reivindica-lo, consequentemente sofrendo com a apropriação e deformação da sua imagem por seus piores inimigos; os liberais.

Éneas era um nacionalista antes de ser um candidato politico, já tinha consigo um grande desejo de mudança e estabelecimento do progresso nacional e justo, sendo contrário ao que havia sendo pregado por décadas pelas várias vertentes ideológicas que repousavam nas instituições públicas e no sistema politico.

A Luta contra o neoliberalismo

O neoliberalismo sempre representou o inimigo a ser derrotado em todos os seus discursos, artigos e livros publicados. A preocupação principal de todo o verdadeiro nacionalista é a entrega do patrimônio público e das riquezas nacionais á forças estrangeiras, as famosas multinacionais.

Por isso o Dr  Éneas além de fazer uma oposição ferrenha, e demonstrar os males executados pelas multinacionais e interesses imperialistas no país, também formulou de forma detalhada e bem projetada um programa econômico, comercial e social para o Brasil. Esse programa foi publicado em livros, como por exemplo ''Um grande projeto nacional''em 1994.

Nesse livro, o Dr Éneas deixa claro que para o desenvolvimento do país em suas mais diversas possibilidades, mostram-se necessárias algumas ações. Entre elas, o favorecimento á industria nacional e a progressão tecnológica, para que fosse possível romper com a dependência internacional e a manipulação politica advinda desses interesses.

Para que a industria tenha essa importância reconhecida na pratica, ou seja, com investimentos públicos relevantes, é de grande valia o cessar imediato do sistemático roubo exercido pelo sistema financeiro(os bancos). Logicamente, ele sempre deixou explicito o seu completo repúdio ao parasitismo especulativo.

A formação do PRONA

O Prona então foi criado, ali os seus ideais não estariam mais solitários, pelo contrário, residiam naquele partido junto com ele outros dois nomes de grande envergadura do nacionalismo brasileiro, o Profº Dr Adriano Benayon(economista, formulador do melhor projeto geopolítico e econômico feito por um partido brasileiro) e o Profº Dr Bautista Vidal(Fisico atuante, também grande entendedor e estudioso das dificuldades nacionais).

Infelizmente o sistema eleitoral daquela época(1989,1994,1998) não permitiu que o PRONA tivesse tempo suficiente para as exposições das suas propostas e o debate dos seus projetos com a população brasileira. Um sistema que só serviu e ainda serve aos detentores do poder econômico, donos do status quo institucional.

Esses problemas foram um grande empecilho para a divulgação do projeto nacional formulado por seu partido, porém não conseguiram esconder a denuncia constante dos inimigos da nação brasileira. O resultado da luta travada naquela época foi a expressividade eleitoral conquistada, apesar da lei vigente.

No seu auge eleitoral o Dr Éneas foi responsável por arrecadar 4,6 milhões de votos (equivalente a 7% dos votos). Levando o PRONA á chegar na 3° posição nas eleições de 1994. Como houve uma polarização envolvendo o PT e PSDB naquele momento, isso reduziu a margem para que novas forças politicas pudessem ter uma chance real de intervenção no processo. Bom lembrar que o país vinha de um impeachment e uma propaganda gigantesca da mídia a favor do então candidato do PSDB.

A rejeição á dicotomia Direita/Esquerda

É sempre bom lembrar que o PRONA e o Dr Éneas sempre rejeitaram ambas as opções apresentadas nessa disputa, tanto PT quanto PSDB não eram capazes de realmente entender as necessidades da população brasileira e as mudanças urgentes. O discurso radical do PT era apenas um oportunismo temporário antinacional, favorecendo apenas os seus compadres e o PSDB era o ator do sistema financeiro e seus planos de assalto a nação.

A figura do Éneas e seus projeto vão além da dicotomia tradicional direita/esquerda, pois, antes que alguns levantem a voz para adjetiva-lo de alguma coisa é bom lembrar uma resposta concedida pelo mesmo a Folha de São Paulo, em 1994, sobre as suas inspirações politicas ''Se tivesse participado de algum movimento na juventude, Enéas diz que seria um discípulo de Luiz Carlos Prestes (fundador do Partido Comunista Brasileiro)''[1].  Claro, isso jamais significará que era comunista ou o oposto disso, todavia, demonstra a complexidade filosófica e ideológica de certas figuras de grande porte que saem das caixinhas de intitulações acadêmicas.

Em outra entrevista, também para a Folha sobre o seu posicionamento ideológico explica de forma clara a pergunta:

''Folha - Como o senhor se define politicamente?


Enéas - Eu sou um nacionalista, um homem preocupado com a minha nação. A nação está caminhando para um abismo. O senhor Larouche diz que está se aproximando um período, para a humanidade, parecido com o da peste negra, com a Idade das Trevas. Não há mais, a meu ver, condições de falar em esquerda e direita, no mundo atual. Miscigenaram-se os conceitos''.[2]


O Estado como coração do desenvolvimento


É uma ideia mais do que conhecida de quem acompanhou e estudou/estuda a trajetória do Dr Éneas seu fervor politico na defesa do Estado como principal investidor no desenvolvimento econômico e comercial de um país. Por diversas vezes deixou exposto sua completa repulsa ao dito programa do ''Estado minimo'', privatizações, favorecimento da especulação financeira e os interesses estrangeiros.

Numa de suas entrevistas, quando perguntado sobre as propostas que o PRONA teria para o Brasil, em 1998, relacionado ás privatizações feitas pelo então presidente FHC, caso ele fosse eleito presidente, o mesmo responde ''Quando o senhor pergunta, eu digo que, em chegando (à Presidência), volta tudo (todas as ex-estatais). Tudo, tudo, tudo, tudo. Sem exceção. Como pagaria? Com os mesmos papéis com os quais elas foram entregues. Eles vieram e voltam. Terei do meu lado a lei, sem dúvida''[3].

Outro exemplo da ferocidade do Éneas quanto ás privatizações pode ser assistido através deste link(https://www.youtube.com/watch?v=A-BkdQOKH9M). Em que durante um programa do PRONA é mais uma vez denunciado o plano maquiavélico dos neoliberais para a entrega do patrimônio público nacional a preço de banana favorecendo os grandes capitalistas internacionais.

Um líder politico que cumpriu papel de grande importância na luta contra as privatizações e o programa do neoliberalismo, estando do lado certo da história. O fundamental em tudo isso é que esteve junto aos esmagados e esquecidos do povo, apesar de ridicularizado e difamado pela grande mídia durante toda a sua vida politica, recebe o reconhecimento modesto, mas verdadeiro das pessoas conscientes da oportunidade real de transformar a nação brasileira, hoje, entregue a própria sorte e ao gosto das multinacionais e da especulação, num país independente e livre de qualquer amarra internacional.


Links usados:


1-https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/11/brasil/30.html

2-https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc20049818.htm

3-https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc20049818.htm

Video[https://www.youtube.com/watch?v=A-BkdQOKH9M