O ex-candidato a presidência da república,
derrotado, Fernando Haddad do PT, reiniciou sua turnê internacional
rumo ás universidades e centros de apresentações nos Estados Unidos e Europa,
levantando sempre muitos aplausos e reconhecimento da grande mídia estrangeira
por sua carreira acadêmica e posicionamento ''intelectual'' frente aos
problemas colocados para o Brasil.
Na realidade, a esquerda
brasileira, assim como a internacional, o famoso neoliberalismo progressista,
gostam de se afagar e abraçar pelas derrotas avassaladoras que vem sofrendo por
todo o mundo e sistematicamente para a extrema-direita e os neoconservadores
com seus projetos privatistas. É uma forma de terapia de autoajuda politica
para que possam sentir-se menos culpados diante do profundo lamaçal o qual os
seus partidos em momentos distintos, submeteram o povo trabalhador e a classe
média nesses últimos tempos.
O Partido dos trabalhadores, é
sempre importante lembrar, foi o principal motor propulsor do atual projeto
neoconservador-liberal que estamos sendo submetidos atualmente. Praticou uma
politica de conciliação de classes, sempre favorecendo o sistema financeiro, ou
seja, os bancos, elogiado e proferido aos quatro ventos pelo próprio Lula.
Promoveram a desmobilização da
classe trabalhadora em troca de migalhas (que já foram tiradas há muito tempo,
inclusive pela própria Dilma), firmaram leis de endurecimento penal para atacar
manifestações (Dilma lei antiterrorismo) que agora serão usadas contra os
movimentos sociais legítimos da luta popular, como o MST, MTST e
sindicatos.
Os fatos apontados representam
apenas uma parte dos inúmeros erros praticados pelo PT em seus
governos, pois, nenhum dos lideres que encabeçaram o governo federal
demonstrou qualquer atitude de mudança na direção de um programa nacional
verdadeiramente popular, de industrialização nacional e o rompimento da
dependência dos setores estratégicos ligados ao capital internacional.
Nas eleições de 2018, a
campanha promovida pelo PT e, então, o seu candidato Fernando Haddad, era de
que o país iria acabar, o ''fascismo'' tomaria conta, a
''barbárie venceria a civilização'' caso o Bolsonaro vencesse, pois bem,
qual foi a primeira atitude do candidato do PT no dia seguinte á derrota nas
eleições ?
Sim, desejar felicitações ao
novo governo e que pudesse implementar suas medidas com ''boa sorte'', pode
parecer uma piada, mas vindo do PT é o modus operandi. É literalmente fazer o
povo de idiota, praticar o terrorismo eleitoral, inflar as preocupações das
pessoas, para no minuto seguinte, dizer com a maior naturalidade que era tudo
''brincadeira'' ou sem ''importância''. Já que uma atitude dessas na pratica
representa exatamente.
O Partido dos trabalhadores e o
novo pupilo midiático, Fernando Haddad, ao invés de promoverem uma caravana
internacional num momento de profundos ataques e destruição do patrimônio
público e das riquezas nacionais, precisam efetivamente colocar com extrema
urgência viagens e mobilizações nas favelas, periferias e sertões deste país.
Já passou da hora de ir de
encontro ao povo, conversar com os trabalhadores nas fabricas, juntar-se ás
organizações de moradores das favelas e aos sertanejos vigilantes da nossa
tradição cultural. O momento não é a busca por reconhecimento estrangeiro
perante um governo que é deslegitimado por grande parte da comunidade
internacional, o plano agora é reagrupar nosso povo que está abatido,
desanimado com a politica e rejeita qualquer posição para construir um futuro
melhor para o Brasil tendo um projeto nacional-popular como guia mestre de seus
caminhos.