Nos últimos meses tem ocorrido diversas manifestações na Argentina em prol da legalização do aborto, em consequência, onde a esquerda tem uma maior força relativa que é na câmara dos deputados, a votação foi favorável a proposta. A proposta foi votada votada no senado e rejeitada.
Diante disso o movimento feminista brasileiro também recomeçou a se mobilizar de maneira mais eufórica por essa pauta que será decidida no STF, por conta de uma ação impetrada pelo PSOL(acompanhe mais detalhes por aqui:https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45088795).
E qual o problema de toda essa situação ? Esse levante feminista na América Latina ?
Podemos separar em alguns aspectos, então, vamos ao primeiro:
A grande questão quando o aborto é defendido pelo movimento feminista, é que o corpo pertence á mulher(incluindo uma terceira pessoa, ou seja, o bebe em sua barriga), e, portanto, ninguém além dela teria qualquer coisa com isso. Porém, como é perceptível para a maior parte das pessoas que tem o minimo de capacidade cognitiva, tal argumento baseia-se pura e simplesmente numa vontade individual e não numa perspectiva coletiva e estrutural do que representa uma gravidez e como ela deve ser guiada.
E justamente por conta disso é que essa situação deve ser apontada, porque, o movimento feminista no geral, aponta-se como anticapitalista e de esquerda, a esquerda, como sabemos, em tese, claro, tem suas bases no marxismo. O marxismo tem sua fundamentação contra a estrutura de reprodução do capitalismo, sua destruição e a construção do socialismo rumo ao comunismo.
Partindo dessas bases, não se pode de forma alguma um agrupamento de pessoas que apresentam-se desse lado do jogo utilizar uma argumentação completamente desvinculada da ideologia que dizem defender. Pois o aborto, legalizado e irrestrito, apenas serve aos interesses do Estado capitalista e seus controladores, já que facilita e muito a vida do status quo,
Inclusive, não se pode duvidar que após a legalização, depois de um determinado período, governos proponham a esterilização e o aborto compulsório, aos pobres logicamente, para reduzir os custos com gastos sociais e coisas do gênero. Bom lembrar que foi feito algo parecido no Peru, na época do Fujimori. E como estamos num período eleitoral turbulento, não ''sabemos'' o que irá acontecer.
Outro ponto importante, é que as feministas afirmam que muitas mulheres morrem ao fazerem o aborto ilegal, então, a legalização e o respaldo médico diminuiria esses números.
Mas partindo de uma analise do ponto de vista marxista, isso também é um erro, pois o correto na realidade é lutar para que as condições objetivas, ou seja, que propiciam o desenvolvimento do processo que leva ao aborto seja interrompido. Porque sabe-se que mesmo após a dita legalização, a pobreza, a miséria, a falta de recursos financeiros e estruturais do atual sistema de saúde pública irão permanecer. Justamente porque as condições do sistema econômico não foram alteradas em nada.
E como dito no título desse texto, faz parte dos interesses das elites e de seus think tanks que nada que seja estrutural do sistema econômico e produtivo mude, pelo contrário, que o seu trabalho possa ficar mais fácil tendo como ponta de lança grupos que, ao menos na teoria, estariam lutando pelos famosos oprimidos.
Mas partindo de uma analise do ponto de vista marxista, isso também é um erro, pois o correto na realidade é lutar para que as condições objetivas, ou seja, que propiciam o desenvolvimento do processo que leva ao aborto seja interrompido. Porque sabe-se que mesmo após a dita legalização, a pobreza, a miséria, a falta de recursos financeiros e estruturais do atual sistema de saúde pública irão permanecer. Justamente porque as condições do sistema econômico não foram alteradas em nada.
E como dito no título desse texto, faz parte dos interesses das elites e de seus think tanks que nada que seja estrutural do sistema econômico e produtivo mude, pelo contrário, que o seu trabalho possa ficar mais fácil tendo como ponta de lança grupos que, ao menos na teoria, estariam lutando pelos famosos oprimidos.
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