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sábado, 5 de janeiro de 2019

A derrota do imperialismo norte-americano passa pela libertação da Europa

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A Europa é vista, para o bem ou mal, como o berço histórico mais importante para o ocidente, sendo assim, uma base do passado, presente, e para o futuro de grande parte da humanidade. Diante dessa importância, pouco se fala no âmbito politico da evidente subjugação que o seu povo vem sofrendo por parte do poderio militar norte-americano desde o pós-guerra.

É evidente que a segunda guerra mundial e o resultado final desse que foi a maior tragédia recente da humanidade, em larga escala, gerou uma reorganização das forças politicas e econômicas mundiais, alterando as peças fundamentais da geopolítica internacional e consequentemente do território europeu.

O domínio norte-americano foi sendo construído desde antes a sua participação direta na guerra, quando o país começou com os empréstimos financeiros á Inglaterra, envio de armamentos e comida. Todos esses suprimentos, e a deficiência inglesa em conseguir reagir frente o ataque alemão, levaram os ingleses a uma debilidade internacional no que se refere ao controle de suas colônias e ao comercio exterior.

Após o término da guerra, claro, a Inglaterra foi obrigada a entregar os territórios colonizados, até então dominados pelo seu poderio politico. Isso ocorreu em duas frentes, como descrito antes, a deterioração obtida pela guerra, favoreceu os grupos de libertação nacional, sendo o principal exemplo; a Índia, e, em conjunto, as dividas monstruosas com os Estados Unidos.

Os primeiros passos começaram ali, todavia, com a expansão conseguida pelo avanço do seu exercito durante a guerra, os estadunidenses jamais iriam abrir mão de tal oportunidade histórica para o estabelecimento do controle econômico e comercial, por meios políticos, das suas recém-conquistadas novas colônias.

A desculpa da ''ameaça comunista'', o processo de criação e implantação da guerra fria, nada mais serviram como argumento externo de imposição ideológica, politica, militar e econômica dos interesses norte-americanos. Naquele momento, os Estados Unidos tiveram a oportunidade, e aproveitaram perfeitamente, de construir a sua própria ''cortina de ferro'', esta sim verdadeiramente antinacional e contra as liberdades internas de cada região afetada.

A criação da OTAN, e posteriormente dos outros órgãos regulatórios da ''unidade'' europeia, completamente artificial e sempre dirigida pelos fantoches das transnacionais, representam até o momento, uma entidade externa na contenção dos interesses populares dos trabalhadores europeus que estão sub judice dos bancos.

O desmantelamento da UE é um passo importante para o enfraquecimento e derrota dos norte-americanos na Europa. Para derrotar concretamente o imperialismo e tirar os seus tentáculos do dinheiro que grandemente lhe financia é fundamental dissolver os satélites políticos e econômicos mantidos por eles.

Um país europeu que rompe com a lógica da falsa união promovida pelos Estados Unidos através da UE dá o primeiro passo para o processo de libertação nacional e independência territorial, comercial e financeira.


As forças politicas que atualmente tem aventado essa possibilidade são taxadas de extrema direita. Pois, no espectro ideológico considerado á esquerda poucas tem se manifestado a favor do rompimento dentro da UE. As duas exceções são o CSP-partido comunista italiano, e o KKE (Partido comunista Grego).

A esquerda é contra tal proposta pelo simples fato que está completamente adaptada e se nutre das instituições. Perdeu o sentido contestador, a teoria critica e uma perspectiva de mudança da estrutura do Estado, econômico ou mesmo social.

O neoliberalismo progressista representado pelo Partido Socialista Francês, Partido Democrático italiano, Partido Socialista Operário Espanhol, apenas servem como soldados rasos dos interesses do sistema financeiro e de lobbys indenitários. Claro, nem é preciso citar que a direita é apenas mais uma peça nesse tabuleiro, as cores e o discurso mudam, porém a prática é idêntica e ambos têm o mesmo objetivo: a estabilidade do status quo.

Portanto é importante destacar a necessidade de rejeitar todas as formulações políticas que levem no caminho do conformismo, do servilismo pueril e do internacionalismo financeiro. Para cortar as fontes importantes de financiamento que são sugadas pelos Estados Unidos é primordial a luta sistemática contra a falsa ideia de UE promovida e controlada pelos inimigos dos trabalhadores, a elite financeira representada pelos bancos e transnacionais.

 A derrota do imperialismo norte-americano passa pela libertação da Europa.




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