O acordo estabelecido entre
PCdoB e Maia para a eleição da câmara nada mais representa efetivamente do que
a velha fome politica por cargos e influência administrativa no congresso.
Dialogar
ao ponto de ceder posições, principalmente, simbólicas do ponto de vista
politico apenas afunda um pouco mais os respectivos partidos que, diga-se de
passagem, não precisam fazer grandes esforços para continuarem no limbo moral e
estratégico do cretinismo parlamentar.
A dependência politica, em qualquer grau,
ligada ao setor institucional só proporciona derrota e desmoralização ideológica.
O povo, particularmente os trabalhadores, odeiam os políticos, tanto é que o
nível de abstenção tem se mostrado cada vez maior nas eleições por parte das
periferias.
Essa destruição da confiança
popular para com os partidos de um modo geral, mas em particular os do campo da
esquerda, advêm de toda a podridão corriqueira praticada pelos personagens da
cena politica atual. Elementos que vivem da estrutura institucional formam seus
próprios clãs de sustentação e se afastam dos reais princípios pelos quais
deveriam atuar de lado.
Obviamente não foi o primeiro
caso, e não será o ultimo, O agravamento ocorre pelo momento extremamente
difícil, de refluxo da mobilização dos trabalhadores, e do ascenso sem freio
que a extrema-direita vem conquistando nos últimos anos, baseada em
desmoralizações deste tipo. Provocadas por forças parlamentares sem nenhum tipo
visão contextual da politica para com o anseio do povo.
A vitória de um programa
nacionalista, popular, combativo, passa pelo esmagamento completo desses
partidos, mas acima de tudo dos seus representantes que até hoje serviram pura
e simplesmente ao parasitismo individualista e empresarial das mais variadas
formas.
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