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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

A turnê internacional de Haddad não vai derrotar o projeto bolsonarista

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O ex-candidato a presidência da república, derrotado, Fernando Haddad do PT, reiniciou sua turnê internacional rumo ás universidades e centros de apresentações nos Estados Unidos e Europa, levantando sempre muitos aplausos e reconhecimento da grande mídia estrangeira por sua carreira acadêmica e posicionamento ''intelectual'' frente aos problemas colocados para o Brasil.

Na realidade, a esquerda brasileira, assim como a internacional, o famoso neoliberalismo progressista, gostam de se afagar e abraçar pelas derrotas avassaladoras que vem sofrendo por todo o mundo e sistematicamente para a extrema-direita e os neoconservadores com seus projetos privatistas. É uma forma de terapia de autoajuda politica para que possam sentir-se menos culpados diante do profundo lamaçal o qual os seus partidos em momentos distintos, submeteram o povo trabalhador e a classe média nesses últimos tempos.

São os famosos ''democratas'' como Felipe Gonzalez, por exemplo, executor de programa neoliberal criminoso na Espanha após a ''transição planejada'' da ditadura franquista. E também, hoje, grande defensor do golpe promovido pelos Estados Unidos contra a Venezuela.

O Partido dos trabalhadores, é sempre importante lembrar, foi o principal motor propulsor do atual projeto neoconservador-liberal que estamos sendo submetidos atualmente. Praticou uma politica de conciliação de classes, sempre favorecendo o sistema financeiro, ou seja, os bancos, elogiado e proferido aos quatro ventos pelo próprio Lula.

Promoveram a desmobilização da classe trabalhadora em troca de migalhas (que já foram tiradas há muito tempo, inclusive pela própria Dilma), firmaram leis de endurecimento penal para atacar manifestações (Dilma lei antiterrorismo) que agora serão usadas contra os movimentos sociais legítimos da luta popular, como o MST, MTST e sindicatos.

Os fatos apontados representam apenas uma parte dos inúmeros erros praticados pelo PT em seus governos, pois, nenhum dos lideres que encabeçaram o governo federal demonstrou qualquer atitude de mudança na direção de um programa nacional verdadeiramente popular, de industrialização nacional e o rompimento da dependência dos setores estratégicos ligados ao capital internacional.

Nas eleições de 2018, a campanha promovida pelo PT e, então, o seu candidato Fernando Haddad, era de que o país iria acabar, o ''fascismo'' tomaria conta, a ''barbárie venceria a civilização'' caso o Bolsonaro vencesse, pois bem, qual foi a primeira atitude do candidato do PT no dia seguinte á derrota nas eleições ?

Sim, desejar felicitações ao novo governo e que pudesse implementar suas medidas com ''boa sorte'', pode parecer uma piada, mas vindo do PT é o modus operandi. É literalmente fazer o povo de idiota, praticar o terrorismo eleitoral, inflar as preocupações das pessoas, para no minuto seguinte, dizer com a maior naturalidade que era tudo ''brincadeira'' ou sem ''importância''. Já que uma atitude dessas na pratica representa exatamente.

O Partido dos trabalhadores e o novo pupilo midiático, Fernando Haddad, ao invés de promoverem uma caravana internacional num momento de profundos ataques e destruição do patrimônio público e das riquezas nacionais, precisam efetivamente colocar com extrema urgência viagens e mobilizações nas favelas, periferias e sertões deste país.

Já passou da hora de ir de encontro ao povo, conversar com os trabalhadores nas fabricas, juntar-se ás organizações de moradores das favelas e aos sertanejos vigilantes da nossa tradição cultural. O momento não é a busca por reconhecimento estrangeiro perante um governo que é deslegitimado por grande parte da comunidade internacional, o plano agora é reagrupar nosso povo que está abatido, desanimado com a politica e rejeita qualquer posição para construir um futuro melhor para o Brasil tendo um projeto nacional-popular como guia mestre de seus caminhos.


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