Renan
Calheiros desistiu da candidatura á presidência do Senado, mas na prática foi
derrotado por falta de apoio de parte do MDB.
Pois,
é bom lembrar, durante o governo Temer ocorreram episódios importantes em que
ele antagonizou com figuras importantes do partido, como Garibaldi Alves,
Henrique Eduardo Alves, e o próprio Temer, quando este colocou a reforma
trabalhista para ser votada a toque de caixa no Senado.
A
derrota, ao menos pontual, não tem ligação com o escândalo recente relacionando
o nome de Calheiros com a JBS. Até porque, como o passado mostra, houveram
episódios seguidos, por exemplo, em 2013 dos envolvimentos dele com notas
fiscais frias etc., criou-se a época a campanha fora Renan, e naquele momento
politico, pela força e influencia interna que detinha nada aconteceu (com o
potencial que poderia ter acontecido).
Agora,
todavia, a situação mudou. O Ascenso do bolsonarismo, assim como foram todos os
governos anteriores, não tem escrúpulos em intervir de diversas formas e
misturando personagens ''novos'' com as oligarquias para conquistar o objetivo
principal, o controle parlamentar.
MBL e
adjacentes fizeram campanha ativa contra Renan, portanto, qual seria o
interesse desses elementos?
O que
parece obvio são as intenções concretas de provocar o isolamento de algumas
figuras oligarcas que possam não se submeter totalmente ao modus operandi que o
atual governo irá tratar as casas legislativas.
A
derrota do Renan, hoje, representou a vitória do bolsonarismo. Claro, isso não
significa que, caso fosse o contrário não haveria acordo e conciliação dos
interesses, como é de conhecimento público o cretinismo parlamentar e o fisiologismo
são os troféus da politica nacional.
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