Voltar as raízes do nacionalismo popular |
Passados quase um ano das eleições de 2018 que, entre os eleitos está o atual presidente, Bolsonaro, o sistema politico geral continua completamente inerte e passivo, salvo determinadas reações, os partidos, sindicatos, movimentos, etc., não conseguiram formular nenhum plano pró-ativo de mobilizações seja contra as medidas politicas, seja contra a própria figura que destrói o país estando na cadeira presidencial.
A esquerda, em particular, se mostra evidentemente nocauteada, vitima da overdose eleitoral, não demonstra o minimo de atividade organizacional relevante frente á população, os trabalhadores e as entidades sindicais. Um espectro politico que não é de hoje, vivencia uma debilidade orgânica, ideológica e teórica.
Rejeitar as falácias do neoliberalismo progressista |
Fica claro que estão entregues ás ondas do mar, sem qualquer tipo de vida, mesmo diante do descalabro governamental. Um governo que acabou com a previdência, CLT, meio ambiente, doação do território nacional(Alcântara) aos norte-americanos, ''venda'' da Embraer, empresa mãe da tecnologia nacional, incluindo militar.
Mas a esquerda permanece insignificante em todo debate, a maior oposição do governo é o próprio governo, a direita está em alta e praticando autofagia, enquanto a esquerda não representa perigo nenhum ao status quo.
É utilizada como um conto de bruxas para amedrontar criancinhas, o famoso ''comunismo'', ''socialismo'' e afins, sendo que tais temas passam muito longe dos respectivos programas dessa linha ideológica nos dias de hoje. Porém esse não é o problema maior, ainda que não tivessem em seus objetivos algo ligado ao famoso ''socialismo'', poderiam construir um projeto muito superior, o nacional.
O projeto nacional, da formação do Brasil, desde suas raízes e o desenvolvimento nacional de todas as suas possibilidades e riquezas sequer é citado pela maioria das representações politicas de esquerda, a exceção de Ciro Gomes e PDT, com inúmeras limitações e ponderações, para a esquerda toda essa questão é invisível.
Perdem uma oportunidade histórica relacionada á reconstrução do país, e, primordialmente á liderança da vanguarda politica que estará comandando o barco após a bagunça atual ser derrubada. A paciência do povo está se esgotando, e as forças politicas que conseguirem arregimentar os anseios dessa indignação ficarão com o poder nos próximos anos.
A grande questão é que a população no geral, em particular os trabalhadores, não se veem representados pela esquerda, o trabalhador sabe que a preocupação da esquerda, hoje, é a ''representatividade'', ''LGBT'', ''Feminismo'' entre outras coisas. Em nenhuma delas está a classe trabalhadora sendo a raiz da aglomeração, tudo se transformou em guetos do subjetivismo individualista.
O povo anseia pelo desenvolvimento nacional |
O trabalhador também não se identifica com a direita, por causa evidentemente do seu programa econômico neoliberal. A classe trabalhadora irá se juntar ao partido, o líder, a ideologia que conseguir unir um certo '' conservadorismo'' social, com respeito as religiões, tradições populares, costumes e o projeto nacional rumo ao desenvolvimento máximo das potencialidades e riquezas do Brasil em conjunto com a justiça social, ou seja, aumento do salario minimo, garantias trabalhistas, previdência etc.
A classe trabalhadora é o centro da força impulsionadora popular |
É tão transparente quanto a água o que os trabalhadores, o povo busca, mas a esquerda que no passado sempre teve tais princípios e visão vanguardista, no presente, é completamente cega para tudo isso.
O projeto de nação é mais urgente do que nunca, o Brasil, talvez, em toda a sua história não tenha clamado tanto pela formulação de um programa dessa natureza como agora. E as forças politicas que se pretendem populares precisam ter isso vivo em suas práticas e planos teóricos, caso contrario, a história com certeza se encarregara de enterra-las numa vala comum, assim como outras foram no passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário