Charge de Vitor Teixeira
A recente viagem de
Bolsonaro e sua trupe aos Estados Unidos gerou uma dezena, para dizer o mínimo,
de episódios bizarros que pouco já foram vistos em qualquer época do passado no
mundo por parte de um presidente da república. Alguns incautos podem dizer que
é exagero ou histeria, já que efetivamente o Brasil, assim como todos os países
esmagados pelo imperialismo, tiveram inúmeros representantes subservientes
aos interesses estrangeiros.
Mas não é, pois,
existem algumas peculiaridades nesta atual ordem estabelecida pelo
bolsonarismo-olavista. Primeiramente, Bolsonaro, nunca representou
historicamente na sua trajetória politica os interesses da burguesia, isso
é claro, por conta da completa indigência politica a qual sempre fez parte a
sua imagem.
Sempre esteve entre
o baixo clero da politica, vivenciando o dia a dia do fisiologismo e do
parasitismo politico em relação aos favorecimentos que um cargo parlamentar
pode oferecer. Não a toa fez questão de inserir todos os filhos nessa carreira,
segundo uma interpretação profissional ''excêntrica'', muito melhor do que
seguir numa empresa privada ou mesmo no funcionalismo público comum.
É obvio que, diante
de tais fatos, nunca esteve no radar das grandes forças financeiras,
geopolíticas e religiosas para representar um projeto orgânico da classe
dominante. Exatamente por isso, sentia-se na liberdade de fazer discursos
chamativos e entrevistas fora do ''comum'' para que fosse possível a conquista
de seus quinze minutos de fama, como qualquer celebridade que se prostitui
por uma capa de revista ele conseguiu o feito que buscava.
Com a ajuda
sistemática que a esquerda forneceu á sua imagem, a partir da histeria e um
desespero realmente deprimente a cada pronunciamento do sujeito, isso
proporcionou o impulsionamento da criação do personagem ''politicamente
incorreto'' e ''sem mimimi''. A figura do Bolsonaro foi passando de folclórica
para incomoda, pois, começou a angariar apoio por parte de uma parcela dos
jovens e classe média ressentida com o então petismo onipresente.
Da situação anterior
para a conquista do poder institucional não demorou muito, tendo as redes
sociais como motor principal da organicidade ideológica de sua politica
parlamentar e denunciativa, frente ao '' marxismo cultural'', ''kit gay'' entre
outras bizarrices manipuladas e novamente dadas de bandeja pela esquerda em sua
ânsia por ''desconstrução social''.
Para construir a
candidatura para a Presidência da Republica desde o inicio optou pelo completo
servilismo e subserviência aos interesses norte-americanos. Mas não só isso,
indo mais longe, oferecendo ate o que os próprios norte-americanos ainda não
haviam exigido ''formalmente'', como uma base militar em solo nacional.
Bolsonaro não é um
líder, sequer tem algum principio de proteção democrática ou nacionalista para
com o solo e as riquezas brasileiras. Dos discursos de ''fuzilamento ao FHC''
tendo como motivo a privatização da Vale e Petrobrás restaram apenas à
fisionomia assombrosa de um personagem completamente fora da base
tradicional diplomática e estratégica referente ao desenvolvimento nacional,
mesmo sob uma perspectiva atlantista.
Seu mestre, Olavo De
Carvalho, é o mentor que comanda todo o núcleo alucinado e que espanta,
obviamente pela esquizofrenia, até os militares que tem interesse numa
politica também alinhada com os norte-americanos e o neoliberalismo, porém, sem
bater palmas para ''o louco dançar'', assim diz o ditado popular.
Abaixo deixarei algumas declarações e fatos do desvairado em sua procissão pelos Estados Unidos nesta semana:
Governo Bolsonaro pediu para se aproximar da Otan
Na CIA, Bolsonaro se encontrou com diretora acusada de tortura
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/na-cia-bolsonaro-se-encontrou-com-diretora-acusada-de-tortura.shtml
Bolsonaro assina acordo que permite que os EUA lancem satélites em Alcântara
'Brasil ama os EUA', diz Guedes ao oferecer abertura unilateral ao governo Trump
Bolsonaro dispensa visto para turistas de EUA, Austrália, Canadá e Japão; medida é unilateral
Em discurso nos EUA, Paulo Guedes diz que ele e Bolsonaro amam os americanos
“Se vocês forem lá podem comprar várias coisas, podem comprar imóveis. Nós estamos vendendo. Sexta-feira passada nós vendemos 12 aeroportos. Daqui três a quatro meses nós vamos vender petróleo, o pré-sal”, declarou o ministro
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