Primeiramente é preciso deixar claro que esse texto
não tem a pretensão de ''conscientizar'' os seguidores do Bolsonaro ou
algum tipo de ''refutação''. Ate porque seria pedir demais que saíssem da sua
zona de conforto para refletir sobre alguma proposta econômica do candidato e
''líder'' que dizem defender. Dito isso, vamos ao que interessa.
Muitos militantes da esquerda, democráticos ou mesmo antiliberais
de um modo geral, tem dificuldade de debater com seguidores do deputado ou
mesmo tentam faze-lo a partir do prisma superficial, o da corrupção. Eis o erro
principal, porque o ser politico, assim como a politica em sua práxis e
teoria não baseia qualquer modus operandi, tendo como tema central a corrupção.
Isso significa que, diante de todos os problemas existentes
na sociedade, a corrupção de um politico não é, como nunca foi, o foco principal
de qualquer debate sério e critico sobre o país e as respectivas propostas de
organização do Estado. A corrupção sempre foi um a pauta levantada pelas forças
mais reacionárias e aduladoras do senso comum, geralmente em momentos de
acirramento na luta de classes e da luta anti-imperialista, seja no
âmbito reformista ou revolucionário.
No Brasil temos alguns exemplos: Getúlio Vargas, em 1954, e
o ''mar de lama'' udenista promovido por Carlos Lacerda. Assim como Jango e as
reformas de base, destruídas por um golpe a mando do imperialismo e pelas
forças mais conservadores e entreguistas, vide posteriormente o legado de
inflação e endividamento que a ditadura militar deixou ao país, tudo, claro,
para salvar diversas vezes a burguesia nacional, favorecer o capital
estrangeiro, e o principal: o lucro dos banqueiros (sobre a economia durante a
ditadura, a corrupção da época e o favorecimento aos capitalistas ler: A farsa
do neoliberalismo por Nelson Werneck Sodré).
Bolsonaro não tem projeto para o país, e quando me refiro a
projeto, de qualquer tipo, inclusive o que possa representar um norte para sua
atuação. É uma trajetória politica baseada no oportunismo mais puro e
grosseiro existente, assim como uma garrafa é lavada pela correnteza, o
deputado é atraído pelo clima para basear as pautas que defenderá.
Vamos dar alguns exemplos, simples e diretos: Na década de
90, no governo FHC, enquanto o país era completamente entregue, como nunca
antes foi na história, ao financismo e ao capital estrangeiro através da
politica neoliberal, Bolsonaro, não só defendeu o fuzilamento do então
presidente, mas também se posicionou contra as privatizações, reforma da
previdência, divida externa, mas por quê?
Exatamente pelo fato que, a reação popular a tudo que
acontecia era completamente negativa, mobilizações populares violentíssimas,
inclusive sendo necessária a intervenção do exército numa das greves da
Petrobras. Pode-se afirmar que era um posicionamento nacionalista na
época. Inclusive em determinado momento o deputado chega a dizer que o período
FHC, foi o mais corrupto da história do Brasil.
Aos que possam duvidar, deixarei aqui os links sobre as
afirmações que expus acima:
1:Bolsonaro pediu o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso:https://www.youtube.com/watch?v=tOCuftuLhUc
2:Bolsonaro fala sobre liberalismo, privatizações, governo
FHC, reformas e corrupção:https://www.youtube.com/watch?v=kXiuiWDTt7A, nesse mesmo vídeo diz que votaria no Lula.
O discurso nacionalista e em defesa do
patrimônio nacional foi substituído pela defesa aberta e sem
qualquer vergonha das privatizações, incluindo a Petrobrás, da reforma da
previdência praticada pelo atual governo, Temer, e a retirada dos direitos dos
trabalhadores. Evidentemente que os tempos mudaram, porém a luta pela
independência e soberania nacional, por meio do desenvolvimento da indústria,
tecnologia e ciência no território nacional continua sendo a prioridade
absoluta para os verdadeiros nacionalistas e revolucionários.
Para quem tiver dúvida:
1:Bolsonaro defende Menos Estado e mais Liberdade de Mercado:
2:Pré-candidato, Bolsonaro defende estado mínimo e nega ser homofóbico: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/pre-candidato-bolsonaro-defende-estado-minimo-e-nega-ser-homofobico-6h5t3dx1ytprzca4ayrgv8ydx
3:Jair Bolsonaro vota a favor da PEC 241 e se mostra (mais uma vez) homem de duas palavras:
https://www.youtube.com/watch?v=SKU6KD2o59Q
https://www.youtube.com/watch?v=SKU6KD2o59Q
Assim como seus filhos, que também estão na politica e
vivem como parlamentares, todos eles defendem o livre mercado (como se
estivéssemos no inicio do século xx e não num momento da história em que as
economias são controladas por conglomerados de transnacionais e especuladores
financeiros), e todo o tipo de pauta anti-povo e antinacional. Desde a entrega
das riquezas naturais, a destruição do que ainda resta de ''bem-estar social'',
como a CLT e previdência.
A conclusão é a de que, o problema principal, não é se o
Bolsonaro praticou algum tipo de irregularidade, corrupção ou enriquecimento
ilícito, e que, portanto, sendo corrupto (ou não) baseio minha oposição por
conta disso ou seu discurso midiático para angariar apoio através da reação da esquerda
e certa concepção da sociedade.
Ser oposição ao Bolsonaro, assim como a extrema-direita e
direita neoconservadora tupiniquim é representar os verdadeiros interesses
populares e respectivamente nacionais.
Porque o nacionalismo é efetivamente defender de forma
intransigente o patrimônio público nacional nas mãos do povo, para os
interesses estratégicos e de longo prazo, independentemente do momento politico
e ideologia da moda.
O nacionalista tem como sua causa máxima a soberania e a
independência nacional que só podem vir por meio de um Estado que represente
esses interesses e esteja ao lado do povo, e consequentemente dos seus
direitos. Um Estado inimigo do povo e que ataque os direitos mais elementares do
ser humano, como a aposentadoria é antinacional e completamente entregue aos
planos estrangeiros, os únicos favorecidos são os capitalistas que parasitam as
finanças públicas enquanto o trabalhador é obrigado a sobreviver com o mínimo.
Para mudar essa situação não será através de discurso,
bravatas ou adaptações ideológicas ao politicamente aceitável de um
determinado momento histórico, e sim uma revolução feita pelo trabalhador, o
agente social mais importante da pirâmide produtiva e que mantém diariamente o
funcionamento na base de toda a economia nacional.
A crise no Brasil não é econômica,nem tem como falar de crise econômica em um país que produz Tudo, a questão a ser discutida no momento é moral, um país governado por corruptos não tem como atrair investidores.
ResponderExcluirNo momento o capitalista Jair Bolsonaro é a única opção para o resgate da credibilidade nacional.
Concordo com todas as suas palavras Ulisses Sellane.
ExcluirEu fico pasmo com a esquerda, tivemos uma ex sequestradora de caminhões sem nenhuma formação e um analfabeto pinguço, mas só Bolsonaro não presta. Estão vendo isso como time de fudebol. Não dão a minima para o país, só pensam em poder.
ResponderExcluir#CiroPresidente2018
ResponderExcluir#CiroPresidente2018
ResponderExcluirreforma politica já! caso contrario foça paramilitar.
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